O policial militar da cidade de São Mateus (ES) Flavio Ghomes, de 26 anos, tem uma trajetória inusitada. Cantor desde a adolescência, ele é reconhecido nas ruas quando atua pela corporação, até mesmo durante abordagens de suspeitos.
Com bom humor, ele falou ao R7 sobre situações divertidas que já viveu e sobre o sucesso que tem feito nas redes sociais
Ghomes nasceu em São Mateus e teve o dom de cantar descoberto pela mãe aos três anos. Quando completou 14, o jovem ganhou de presente de aniversário do pai um violão como um incentivo à carreira de cantor. Ghomes começou a cantar profissionalmente na banda de forró Estrela da Noite e foi o vocalista por dois anos. Algum tempo depois, ele foi chamado por um produtor paulista para integrar a banda Três Cavalheiros, do mesmo gênero musical.
O capixaba morou em São Paulo durante dois anos e, percebendo que não era aquilo que queria, voltou para a cidade natal. Lá, iniciou a carreira solo como sertanejoos 24 anos de idade, Ghomes começou a seguir a carreira de seu pai e avô: a de policial militar. O cantor, agora soldado do 13° Batalhão, recebeu o apoio de colegas para seguir com a trajetória de músico.
— Eu sou bastante conhecido na região e, no momento que entrei no batalhão, eles assustaram. “O que você tá fazendo aqui?” “Agora é policial também?”
O capixaba conta que não enfrentou resistência por parte dos colegas.
— Eles me abraçam, me apoiam. É como uma família o batalhão e todos eles estão comigo.
Questionado sobre a dupla jornada, Ghomes revela que, ao fazer a abordagem policial, é reconhecido pelas pessoas como cantor.
— A rotina é muito cansativa, mas muito prazerosa. Estou fazendo os dois sonhos da minha vida, que é ser policial e ser cantor. Tem momentos em que estou na viatura e um rapaz chega e me fala que me conhece, falando que sou o cantor.
Apesar de gostar de ser PM, Ghomes admite que quer seguir carreira de cantor.
— Não tem jeito, a música fala mais alto. Onde eu vou sempre tem alguém que fala: “aí o cara que canta”, “olha o cantor”.
Bonitão, Ghomes desaponta algumas pessoas em uma questão: ele namora.
— Eu estou namorando há nove meses. Eu a conheci durante um churrasco da avó dela, onde fui cantar. Ela sempre me acompanha e me apoia.
O cantor assume que recebe cantadas durante o turno de trabalho como policial.
Eu recebo cantadas diversas vezes. Uma vez eu estava na rodoviária aqui de São Mateus e uma mulher falou para mim: “você é cantor e também policial? Imagina lá em casa".