Contra a violência obstétrica: Estudantes organizam caminhada no sábado, 19

A hora do parto é um momento cercado por grande expectativa pelas mulheres. Após nove meses de espera, elas desejam que tudo ocorra com tranquilidade e calma: mas nem sempre é assim, segundo pesquisa coordenada pela Fiocruz (veja aqui) 1 em cada 4 mulheres sofre violência obstétrica. Um termo que caracteriza atos de desrespeito, assédio moral e físico, abuso e negligência durante o parto.

Para conscientizar da sociedade sobre esse tipo violência, no próximo sábado, 19/11, estudantes do 6º período de Enfermagem da Faculdade Sete de Setembro (FASETE) promovem em Paulo Afonso, região norte da Bahia, atividades de conscientização e uma grande caminhada. O evento começa às 9h da manhã, na praça da Tribuna Livre, centro da cidade.

O convite é aberto a toda a comunidade e tem acompanhamento de profissionais e professores do curso de Enfermagem da instituição.

Veja também a página “Diga Não à Violência Obstétrica” no facebook e siga a hashtag #HumanizaJa, onde é possível ter acesso a mais informações a respeito do evento e do tema.

Tipos de violência obstétrica

“Na hora de fazer, não gostou?” e “Não grita, vai assustar as outras mães” foram as frases que Kelly Mafra ouviu da equipe médica em 2014 quando teve seu primeiro filho. Além disso, o corte do períneo, procedimento não autorizado por ela ainda causa desconforto. Consciente da violência pela qual passou, Kelly participou de uma campanha organizada pela Revista Época intitulada #PartoComRespeito. Conheça alguns dos principais tipos de violência obstétrica:

Maus tratos verbais

Procedimentos desnecessários

Proibir que se alimente

Proibir que beba água

Assédio moral

Proibir a livre movimentação

Impedir alojamento da mãe com o bebê

Impedir a entrada de acompanhante

Procedimentos invasivos realizados sem consentimento ou explicação prévia