Após a morte de Pelé em dezembro, várias histórias a respeito do Rei do Futebol foram divulgadas, e uma delas despertou a atenção do público. A mídia relembrou que, quando se relacionava com o jogador, Xuxa havia dito que o então namorado tinha fetiche em se vestir de mulher durante o ato sexual.
A suposta mania do futebolista é um fetiche denominado crossdressing, que é o gosto por roupas do sexo oposto.
Embora a declaração tenha causado grande alvoroço e comentários preconceituosos sobre a orientação sexual do atleta, é válido ressaltar que um fetiche não determina a orientação de alguém.
“É importante diferenciar prática sexual de orientação sexual. A prática é algo que você faz no momento de intimidade para ter ou proporcionar prazer, algo situacional que você faz no calor do tesão. Orientação sexual é sobre afeto, desejo de se relacionar sexualmente ou conjugalmente com alguém. É sobre amor, desejo de constituir família, muito mais que uma transa”, explicou a sexóloga Tâmara Dias.
Isto é: praticar o chamado crossdresser não quer dizer que, obrigatoriamente, você é homossexual ou transsexual. Ademais, a especialista enfatiza que a prática – assim como todos os outros fetiches – é totalmente saudável e válida.
“Tudo é saudável quando proporciona prazer, quando é consensual e quando a pessoa tem o domínio do seu próprio desejo”, disse.