É inegável que, se existe uma realeza na cena musical baiana, Daniela Mercury é uma das principais rainhas. Não é por acaso que seus fãs e até mesmo sua equipe a chamam de “Sua Majestade”. Neste sábado (18), a apresentação foi aclamada quando a cantora subiu no seu trio trajando um vestido dourado e preto. A artista, mobilizando um grande número de pessoas, conseguiu reunir uma considerável parte do público LGBT presente na Barra.
Isto aconteceu devido à representatividade que ela oferece desde que a sua relação com a jornalista Malu Verçosa foi divulgada. Além de ser uma figura importante para a comunidade LGBT, a cantora de ‘O canto da cidade’ também é reconhecida pelo seu trabalho em prol da cultura negra. Mercury apresentou para o seu público músicas de samba de roda, mantendo a tradição dos seus cantos. Além disso, a cantora fez uma homenagem ao Ilê Ayê e a Dona Canô, mãe de Caetano Veloso e Maria Bethânia.
A musa ainda tem um grupo fiel de fãs, que carregam na camisa a indicação de pertencer à “Pipoca da Rainha”. O bando, composto por fãs de todas as idades, também causou alvoroço nas ruas quando sua artista tocou ‘Maimbe Danda’, animando a caminhada até Ondina.
Pouco antes de Daniela começar o seu show, outra aclamada artista fez um agradecimento ao seu público LGBT. Alinne Rosa, do bloco O Vale, se inspirou no tema do carnaval para ativar o modo ‘Piranhas famintas’ e exibir um look com babados coloridos em cima e ‘despudorado’ embaixo.
A roupa foi confeccionada por Alinne em referência a todas as piranhas, especialmente àquelas e aqueles que integram a comunidade LGBT, de acordo com a própria.
“Eles que me carregam, não sou eu que carrego eles, não. Eu amo demais, cada músicaque faço é pensando neles, cada look que apresento é pensando neles. Com minha galera do vale eu sou muito acarinhada”, disse.
A prova desse amor foi demonstrado no cantar, no dançar, no beijar e até na pele. Sendo fã de Alinne Rosa há bastante tempo, um folião fez uma tatuagem com o nome da cantora e, inclusive, teve a oportunidade de receber a assinatura dela. Sem descanso, ele aproveitava outra oportunidade para seguir o trio da musa, determinado a celebrar e também a reverenciar a rainha.