O documentário “Lula”, dirigido por Oliver Stone e Rob Wilson, estreou na 77ª edição do Festival de Cannes, na França, no último domingo (19). Apresentado na mostra “Sessões Especiais”, o filme foi bem recebido pelo público internacional.
Ao término da exibição, a obra sobre o atual presidente brasileiro foi aplaudida por quatro minutos. Oliver Stone, em seu discurso, destacou a importância de Lula: “Este filme é sobre uma pessoa muito especial. Ele é um dos únicos líderes da classe trabalhadora, que aprendeu a ler tarde e lutou para chegar onde está. Ele tem uma alma maravilhosa”.
Oliver Stone, famoso por filmes como “Platoon” e “JFK”, tem uma carreira marcada por obras politizadas e críticas. Ele também é conhecido por documentários sobre a América Latina, como “Ao Sul da Fronteira”, que examina a ascensão de líderes de esquerda na região.
Em “Lula”, Stone explora a vida de Luiz Inácio Lula da Silva, desde sua infância pobre em Pernambuco até sua ascensão como líder político. O documentário cobre sua chegada a São Paulo, sua formação profissional, o acidente que lhe custou um dedo, sua entrada no movimento sindical e a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).
O filme transmite uma sensação positiva apesar dos desafios políticos enfrentados por Lula, incluindo a Operação Lava-Jato e as ações do juiz Sérgio Moro e do ex-presidente Jair Bolsonaro.