A Polícia Civil de São Paulo indiciou 10 pessoas pelo sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca, ocorrido em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Marcelinho, conhecido por sua carreira em clubes como Brasiliense e Corinthians, foi vítima do crime em dezembro de 2023. Os indiciados, alguns com histórico de furtos e assaltos, enfrentam acusações de roubo, receptação, associação criminosa e extorsão mediante sequestro.
Dentre os acusados, quatro estão detidos e seis seguem foragidos. O dossiê da Polícia Civil aponta que todos os suspeitos são conhecidos no meio criminal, com muitos sob medidas cautelares do Poder Judiciário. As investigações, realizadas pela Divisão Antissequestro (DAS), sugerem que o sequestro foi um crime de oportunidade, não planejado.
Marcelinho Carioca e sua amiga Taís Alcântara, de 36 anos, foram mantidos em cativeiro por mais de 36 horas. Durante o sequestro, foram forçados a gravar um vídeo para despistar a polícia. As penas para os crimes podem ultrapassar 30 anos de prisão para cada acusado.
Caio Pereira da Silva, 23 anos, apontado como proprietário do cativeiro, já possuía uma condenação por roubo. Matheus Eduardo Candido Costa, 22, com passagens por furto, e Jean Fernando Freitas Barbosa, 20, estão entre os foragidos, assim como Camily Novais da Silva, Michael dos Santos Rocha e Guilherme Silva dos Santos, todos de 20 anos. Camily é acusada de usar o celular da vítima para pedir resgate.
Presos por suspeita de envolvimento no crime estão Jones Santos Ferreira, 37 anos; Wadson Fernandes, 29; Thauanata Lopes dos Santos, 18, e Eliane Lopes de Amorim, 30. Eliane, mãe solo, recebeu prisão domiciliar para cuidar de seus dois filhos.
O sequestro ocorreu quando Marcelinho Carioca foi presentear Taís Alcântara com ingressos para um show. Eles foram abordados por criminosos e forçados a entrar em um cativeiro em Itaquaquecetuba. O veículo da vítima, encontrado pela polícia, continha uma arma de airsoft.
A libertação ocorreu após uma denúncia anônima que levou a Polícia Militar ao local do cativeiro. Um vídeo gravado pelas vítimas sob coação dos sequestradores visava criar uma pista falsa para a polícia. A investigação segue em andamento para capturar os foragidos e esclarecer totalmente o caso.