A Polícia Federal (PF) identificou mensagens no WhatsApp que foram incluídas no inquérito do Ministério Público de São Paulo (MPSP), relacionadas ao influenciador fitness Renato Cariani. Estas mensagens apontam para o uso de nomes infantis em fraudes para a aquisição de hormônios de crescimento e sugerem a existência de conexões com policiais para possível proteção contra investigações.
Renato Cariani, juntamente com Roseli Dorth, Fabio Spinola Mota, Andreia Domingues Ferreira, e Rodrigo Gomes Pereira, foram denunciados por tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, acusados de realizar 60 transações dissimuladas para a produção de até 15 toneladas de cocaína e crack.
O relacionamento entre Cariani e Fabio Mota, descrito como o elo do grupo com traficantes e responsável pela criação de um e-mail utilizado nas negociações negadas pela AstraZeneca, é evidenciado pelos diálogos interceptados pela PF. Uma viagem a Cancun, em novembro de 2015, entre Cariani, sua esposa, Mota, sua companheira e outro casal, é citada como indicativo da proximidade entre eles.
Em julho de 2017, Cariani solicitou a uma parceira de negócios nomes de crianças para adquirir Norditropin (GH) com desconto, ação que a PF suspeita ser parte de um esquema de uso indevido de receitas médicas. Em novembro de 2016, diante de uma operação da PF contra desvios de produtos químicos, Cariani foi alertado sobre o risco de repercussões em sua empresa, Anidrol, mas demonstrou confiança em suas conexões policiais para evitar problemas.
Essas revelações surgiram em meio a investigações que levantaram dúvidas sobre a regularidade das operações da empresa de Cariani e a legitimidade de suas relações com autoridades policiais. Renato Cariani é um influenciador fitness de renome, com milhões de seguidores em plataformas como Instagram e YouTube.