O julgamento de Daniel Alves, jogador acusado de estuprar uma jovem em uma boate de Barcelona, prossegue com importantes depoimentos. Na terça-feira, às 11h [horário de Brasília], começou o segundo dia de audiências, marcado pelo testemunho de 22 pessoas, incluindo a ex-mulher do atleta, Joana Sanz, e quatro amigos, entre eles o chef Bruno Brasil. Estes últimos acompanhavam Alves no local do suposto crime.
As audiências contam também com a presença da mãe da vítima, outros dois seguranças e o diretor da boate Sutton, cenário da acusação. Daniel Alves, que permanece em prisão preventiva desde 20 de janeiro do ano passado, defende sua inocência, alegando que a relação foi consensual.
O caso veio à tona após a denúncia de uma jovem de 23 anos, que, em depoimento protegido por um biombo, relatou ter sido levada à área VIP da boate e, posteriormente, a um banheiro, onde Alves teria cometido o ato sem seu consentimento. A acusação é reforçada pelo depoimento emocionado de uma amiga da vítima, que descreveu a saída da jovem do local como “chorando bastante” e “de coração partido”.
Além do depoimento da vítima, outras cinco pessoas já foram ouvidas, incluindo familiares e funcionários da boate, que narraram suas versões dos eventos daquela noite. Os garçons, conhecidos por atenderem Alves em outras ocasiões, e o porteiro, que observou a vítima “chorando”, mas não em estado emocional alterado, também prestaram seus relatos.
O julgamento, previsto para durar três dias, segue sem data definida para o anúncio da sentença. O Ministério Público espanhol solicita uma pena de 9 anos de prisão para o jogador, enquanto a defesa da suposta vítima pede 12 anos. A Justiça já negou três pedidos de liberdade provisória ao atleta, citando risco de fuga do país.