Em uma reviravolta surpreendente no caso do patrimônio bilionário do falecido apresentador de televisão Gugu Liberato, um laudo psiquiátrico vazado para a imprensa na segunda-feira (26) alega que Rose Miriam di Matteo, mãe dos filhos do apresentador, não tinha capacidade mental para assinar o contrato de criação conjunta dos filhos em 2011.
O documento, obtido pelo portal Em Off, foi assinado em março de 2011 pelo médico Thiago Fernando da Silva. No laudo, Silva afirma que Rose estava passando por uma crise depressiva severa e lutava contra o alcoolismo no momento da assinatura. Alega ainda que Rose havia sido internada em uma instituição psiquiátrica nos dois meses anteriores à assinatura do contrato, após uma tentativa de suicídio.
O relatório especifica que Rose Miriam “encontrava-se incapaz para os atos da vida civil” e destacou a presença de “sintomas obsessivos preexistentes associados ao relacionamento afetivo” com o apresentador. De acordo com o laudo, esses fatores poderiam ter comprometido sua capacidade de consentir adequadamente ao assinar o contrato.
Se a alegação for comprovada, o contrato pode ser anulado, o que potencialmente reverteria a disputa pela herança estimada em R$ 1 bilhão de Gugu Liberato, que está sendo travada em segredo de justiça.
Rose, que teve três filhos com o apresentador, tem o apoio das gêmeas Marina e Sofia. No entanto, seu filho, João Augusto, tem se alinhado com a família de Gugu.
Os eventos recentes adicionam mais uma camada de complexidade a um caso já cheio de controvérsias que têm capturado a atenção do público e da mídia. Eles também ressaltam a necessidade de considerar seriamente a saúde mental no contexto dos contratos legais, algo que pode ter implicações de longo alcance não apenas para a indústria do entretenimento, mas também para o direito da família e a lei de contrato em geral.