Luísa Sonza lança álbum mais vulnerável e diz ainda estar ‘péssima’ após pausa

Foram algumas semanas longe de tudo e de todos. Luísa Sonza não usou nem o celular nos dias em que se ausentou das redes sociais e de seus compromissos de trabalho. Mas ela está de volta. No dia do seu aniversário e lançando novo álbum.

O projeto “Doce 22” estava programado para sair em 22 de junho, mas foi adiado após a cantora sofrer uma crise emocional devido a ataques sofridos nas redes sociais. Até ameaças de morte ela e o namorado, o cantor Vitão, 21, receberam.

Passado esse período de isolamento, Luísa Sonza não se acanha na hora de dizer que ainda não está bem. Na verdade, ela afirma estar “péssima ainda”. “Essa pausa foi uma fuga, mas quando voltei estava tudo igual e o trabalho acumulado”, afirma.

“Não consegui me recuperar, mas uma hora tinha que continuar, tenho contratos, coisas para fazer, uma equipe me esperando, minha família para cuidar. Uma hora tinha que seguir. Estou aqui, lidando com a depressão, o pânico e a ansiedade”.

Em conversa com a imprensa, realizada na quinta (15), Luísa diz que voltou com um propósito: lançar “Doce 22”. O mais vulnerável de seus trabalhos até agora marca o último ano da cantora e teria que ser lançado enquanto ela ainda tem 22 anos.

Na verdade, a divulgação acontece em seu aniversário. Mas como nasceu às 23h55, ela diz que poderá refletir e se renovar para a nova idade durante o dia, que culminará com o lançamento dos clipes “VIP -” e “Melhor Sozinha :-)-:”, às 23h55.

“Voltei para não entrar nos 23 anos com toda essa carga. Tem muita coisa que quero continuar nos meus 23, mas tem muita coisa que não quero reviver nos meus 23. Foi o ano mais intenso da minha vida. O mais incrível, mas o pior também”, afirma ela.

CARREIRA DE LUÍSA SONZA

Gaúcha de Tuparendi, cidade com cerca de 8 mil habitantes, Luísa Sonza começou a despontar há cerca de cinco anos ao fazer covers em seu canal no YouTube. Mas foi seu casamento com o influenciador Whindersson Nunes, 26, que a deixou conhecida.

Desde então, a cantora emplacou uma série de sucessos e colecionou parcerias, mas também se tornou alvo de uma porção de críticas. Suas roupas, danças, possíveis plásticas, o divórcio e as especulações de traição se tornaram movidos de ataque.

“Sempre tive que ser muito forte, me mostrar forte, então me fechei de muitas maneiras. Até por ser canceriana criei uma casca”, afirma a cantora sobre as críticas que recebe. “Mas neste ano tive que aceitar minhas vulnerabilidades”, completa.

“Doce 22” é o resultado desse processo. Foram 14 meses de trabalho, com Luísa atuando não só como cantora, mas como produtora, editora criativa, compositora, roteirista dos clipes. “Me envolvi totalmente, todos os dias da minha vida”, diz.

“Esse álbum tomou conta da minha vida de uma maneira bizarra, como nunca antes. Estou feliz por ele ir para o mundo agora, mas prefiro não pensar em como vão recebê-lo. Só de saber que estreia agora já fico com o coração saindo pela boca.”

NOVO ÁLBUM

Consciente, mas também inconsciente. É assim que Luísa Sonza descreve o processo de criação do álbum “Doce 22”. Ela afirma que começou a escrever as músicas e tocar o projeto de forma consciente, mas não tinha em mente se mostrar tanto.

“Foi transbordando”, resume a cantora. “Estou assustada com isso. Nunca me joguei desse jeito, me expus dessa forma, como nesse álbum. Estão sendo dias muito intensos. Mas acredito que mostrar fragilidades também é um ato de coragem.”

Mas quem acha que “Doce 22” é um projeto triste, está enganado. “Não vai ser um trabalho em que viro Lana Del Rey ou Elis Regina e choro o álbum inteiro, mas tem partes”, diz a cantora, que aborda temas como amor, sexo, dinheiro e tristeza.

São 14 faixas entre o lado A -músicas animadas, com coreografia e sensualidade- e o lado B -mais vulneráveis, intimistas e melódicas. Os nomes das canções aparecem com letras maiúsculas para o lado A e minúsculas para o lado B, além dos emojis.

Já as referências são várias. Luísa usa desde o pop dos anos 2000 de Britney Spears, 39, e Christina Aguilera, 40, até sertanejo raiz, forró e funk. “Cresci cantando em casamento, velório, supermercado, por isso virei essa mistureba de estilos”.

“Esse trabalho me representa por inteiro. Valorizo mais o lado B das pessoas do que o lado A. E agora sou eu expondo meu lado B. É um passo importante se permitir ser vulnerável. É assim que vejo esse álbum, eu me permitindo”, afirma.