Em uma revelação que chama a atenção pelo contexto atual de intensos debates sobre racismo, a cantora Luísa Sonza expressou, em entrevista concedida a Bianca Della Fancy, seu reconhecimento por um ato racista cometido em 2018. A artista expôs a dificuldade inicial em compreender a gravidade de suas ações devido à sua perspectiva de mulher branca.
A entrevista, marcada por um tom de reflexão e reconhecimento dos erros passados, trouxe à tona o nome de Whindersson Nunes, mencionado por Sonza como uma figura marcante em sua vida pessoal. A cantora enfatizou a importância da educação antirracista, detalhando seu processo de aprendizado através da leitura de obras significativas no campo da luta antirracista, como as de Djamila Ribeiro e Silvio Almeida. Outras vozes influentes no seu processo foram Preto Zezé, ativo na militância artística, e a comunicadora Maíra Azevedo, conhecida como Tia Má.
Sonza compartilhou que seu arrependimento é profundo, mesmo não tendo tido a intenção de cometer o ato. A artista admitiu que, apesar do arrependimento, há uma percepção de que tais erros podem ocorrer cotidianamente sem que se tenha consciência deles.
A cantora também mencionou a obra “Pequeno Manual Antirracista”, de Djamila Ribeiro, como um divisor de águas em sua percepção sobre racismo. Sonza ainda relatou ter passado por um período de negação antes de aceitar que havia, de fato, praticado racismo.