Manoel Soares é ‘cancelado’ por pedir apoio da comunidade LGBT+ para Renan Bolsonaro

Jornalista apaga post e pede desculpas.

O jornalista Manoel Soares, 44 anos, está no centro de uma polêmica após fazer um comentário controverso em suas redes sociais. Ele pediu que a comunidade LGBTQIAP+ demonstrasse apoio a Renan Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, após rumores sobre um suposto relacionamento homoafetivo do jovem.

 “O desafio da comunidade LGBT agora é encontrar forças para defender Renan Bolsonaro, que, como muitos homoafetivos, deve ter sofrido com a homofobia do pai”, publicou Manoel.

O comentário foi feito no X, plataforma de mídia social anteriormente conhecida como Twitter. A postagem gerou forte reação negativa, especialmente porque o presidente Jair Bolsonaro tem um histórico de declarações homofóbicas e preconceituosas contra a comunidade LGBTQIAP+.

Internautas e ativistas foram rápidos em criticar o comentário de Manoel, ressaltando que os desafios reais da comunidade envolvem lutar pelo reconhecimento dos casamentos homoafetivos e pela garantia de direitos. A ideia de apoiar alguém ligado à família Bolsonaro foi veementemente rejeitada. Principalmente pelo fato que Renan Bolsonaro negou os boatos sobre sua sexualidade em entrevista recente a Leo Dias, afirmando: “Eu gosto de mulher”.

“Achei que o desafio da comunidade LGBT+ agora era lutar para derrubar o projeto de lei que quer acabar com o casamento homoafetivo no Brasil”, comentou um usuário.

“Que desafio é esse, Manoel? Desculpe, mas temos coisas bem mais importantes para fazer e para lutar”, publicou Vinícius Ferrari.

Após a enxurrada de críticas, Manoel Soares retratou-se em suas redes sociais, explicando que seu comentário era uma forma irônica de responder ao apoio dos bolsonaristas a Renan Bolsonaro. Ele também apagou a publicação original e pediu desculpas pelo seu “vacilo”.

“Gente, vi a repercussão, não tinha visto. Primeiro que, sim, era uma ironia por ver que os bolsonaristas estavam postando a entrevista do Renan, pedindo apoio a ele depois da votação de ontem. Se não fosse, sustentaria. Mas se minha fala bateu mal, me perdoem”, disse Manoel.

“Amigos, acabei de falar com um grande irmão que é autoridade na luta LGBT e ele me convenceu que, apesar de minha boa intenção, deixei brecha para que o movimento fosse cobrado. Então, fique registrado aqui que reconheço meu vacilo. Aos amigos LGBTs que me deram um toque, obrigado”, continuou.

Imagem: Reprodução/ X