O número de profissionais brasileiros com diploma universitário que abandonaram o Brasil para trabalhar nos Estados Unidos subiu mais de 13 vezes em 2022, em relação ao ano passado. A AG Immigration, um escritório de advocacia, realizou uma pesquisa com dados referentes ao ano fiscal americano, que corresponde ao período entre 1º de outubro e 30 de setembro.
O estudo revelou que, em 2021, 147 cidadãos brasileiros foram aprovados nas duas principais categorias de visto EB, o “green card”, que concede autorização para trabalho e residência permanentes nos EUA. Em 2022, esse número já havia saltado para 1.983, o recorde até então.
Em 2022, o número de profissionais brasileiros que se mudarão para viver e trabalhar ultrapassou a soma de todos os anos anteriores desde 2003. Neste ano, o país teve a terceira maior quantidade de aprovações para as principais categorias de visto EB. Em 2021, o Brasil ocupou a 11ª posição.
A pesquisa indica que houve um grande crescimento no número de brasileiros ocupando postos nos EUA que requerem qualificação acadêmica. A imigração de profissionais tem sido maior na área de tecnologia, tais como desenvolvedores, programadores, arquitetos e analistas de sistemas e gerentes de TI.
Há um crescimento expressivo de dentistas trabalhando nos EUA, pois é uma profissão em falta no país. Em regra, os dentistas necessitam cursar mais dois anos para renovar o certificado, mas, às vezes, já começam a receber ofertas de emprego em clínicas, consultórios e grandes redes antes de terminar o curso.
De acordo com os últimos números oficiais, os EUA têm aproximadamente 10,3 milhões de vagas no mercado, para um grupo de desempregados que chega a 6 milhões. Ou seja, as empresas têm condições de absorver esse crescimento na oferta de profissionais brasileiros.
O Produto Interno Bruto (PIB) do EUA apresentou um crescimento de 2,9% no terceiro trimestre deste ano, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, de acordo com uma nova estimativa oficial divulgada pelo Departamento de Comércio do governo americano.
A última projeção para o PIB dos EUA, divulgada ao final de novembro, foi superior às expectativas levantadas pelo consenso Refinitiv, que previa um aumento de 2,7%.
Com o aumento entre julho e setembro, o país consegue uma pausa de dois trimestres consecutivos de queda na economia. No entanto, o PIB caiu 0,6% no segundo trimestre de 2022.
O PIB americano aumentou 7,3% em dólares correntes na comparação anual no terceiro trimestre, chegando a US$ 25,7 trilhões (R$ 136,3 trilhões). Essa revisão representa um aumento de US$ 35,7 bilhões (R$ 189,45 bilhões) em relação à estimativa inicial.
Apesar do desempenho satisfatório de julho a setembro, a expectativa é que os EUA passem por um período de estagnação ou até uma recessão econômica no meio do ano que vem.