O pauloafonsino Capitão Paz é homenageado pelo 34º Batalhão de Infantaria de Selva do Comando de Fronteira do Amapá

Durante os anos de 1989 a 1992, o 3º Sargento do Exército Brasileiro, Jailson Laércio Ferreira Paz serviu no 34º Batalhão de Infantaria de Selva – 34º BIS – do Comando de Fronteira do Amapá, criado em Março de 1968.

Em Março de 2018, o 34º BIS completou 50 anos de sua criação e decidiu comemorar o seu Jubileu de Ouro com intensa programação que incluiu a publicação de uma revista com a história desse Batalhão de Selva onde homenagearam militares que contribuíram para essa caminhada vitoriosa.

Na ocasião prestou uma grande homenagem a um filho de nossa cidade, o Capitão da reserva remunerada Jailson Laércio Ferreira Paz, em razão da autoria da Canção Militar inédita para aquela Organização Militar.

Convidado pelos editores desta Revista, o hoje Capitão Paz contou a história da criação dessa música que é hoje a canção do 34º Batalhão de Infantaria de Selva – Batalhão Veiga Cabral, do Comando de Fronteira do Amapá, e afirma que “esse foi um momento que marcou muito a minha vida”.

Histórico da Canção do CFAP/34º BIS – Macapá/AP

“No período em que servi no 34º Batalhão de Infantaria da Selva, em Macapá, foi lançado um concurso para a criação da canção para este Batalhão do Exército.

Tomei a iniciativa, como todo esbelto infante da selva e procurei inspiração para compor a obra literária, adentrando no estudo minucioso do histórico do Batalhão e nas tradições dos nossos antepassados que lutaram para manter a nossa hiléia brasileira como patrimônio genuinamente brasileiro. Não posso deixar de enaltecer a parceria com o excelente músico JOÃO BOSCO RUSSO (in memorian), integrante da Banda de Música, que colocou a harmonia na obra.

Algum tempo depois, a autoria da obra foi aprovada e reconhecida pela Secretaria Geral do Exército, como ‘Trabalho de Natureza Técnico Profissional com Menção MB’.

Agradeço a todos os companheiros que ladeados comigo, direta e indiretamente, motivaram-me a cumprir A MINHA MISSÃO NESSE RINCÃO AMAZÔNICO. SELVA!”

Sobre esta homenagem o Capitão Paz falou à Folha Sertaneja:

“Essa grande obra literária e motivo de orgulho para a cidade de Paulo Afonso, pois eternizou o Cap Pazna história daquela Organização Militar e no Exército Brasileiro. Muitos não sabem, mas toda música cantada pela tropa militar formada nos eventos é obrigatório citar o nome de seus autores. Dessa forma, o nome do filho de nossa terra ecoa pelo menos uma vez por semana naqueles rincões da nossa Hileia, a Amazônia Brasileira.

A obra prima foi analisada e aprovada por uma comissão de músicos nomeada para esse fim pelo Centro de Documentação do Exército- CDOC, e recebeu a nota máxima, sendo registrada pela Secretária Geral- SGEx, Órgão do Exército Brasileiro, responsável por dar publicidade a todos os fatos históricos da Instituição desde a sua criação, localizado em Brasília-DF no Quartel General do Exército- QGEx, famoso Forte Apache.”, disse o Capitão Paz.

Quem é o Capitão Vaz?

Jailson Laércio Ferreira Paz é pauloafonsino. Nasceu em 21 de outubro de 1964 no Hospital Nair Alves de Sousa – HNAS. Filho dos pioneiros de Paulo Afonso, Jonathan Ferreira Paz (in memorian) e Terezinha Ferreira Paz.

Seu pai, Jonathan, foi operário da CHESF tendo falecido precocemente, em 1971, quando Laércio tinha apenas seis anos. Ele foi Chefe da Oficina na CHESF onde trabalhava com os também pioneiros chesfianos Nicolson Chaves e Zé Brasil.

Sua mãe, D. Terezinha, hoje está com 88 anos e tem muito orgulho do filho que decidiu fazer carreira militar no Exército Brasileiro, onde serviu por 33 anos, em todas as regiões do Brasil – Nordeste, Norte, Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

Desse tempo no Exército, passou 3 anos, de 1989 a 1992, em Macapá/AP, no 34º Batalhão de Infantaria de Selva – 34º BIS – do Comando de Fronteira do Amapá, quando criou a Canção/Hino daquele Batalhão e motivo de sua homenagem nas comemorações do cinquentenário do 34º BIS.

O hoje Capitão Laércio Paz, morou em Paulo Afonso desde o seu nascimento, em 1964 até o ano de 1985, quando foi aprovado no concurso para Operador de Usinas, na Chesf e também no concurso para o Exército Brasileiro, tendo sido aprovado em primeiro lugar em todo o Brasil. Fez opção pelo Exército.

Antes, no ano de 1983, serviu na 1ª Companhia de Infantaria, chegando a ser promovido a cabo no mesmo ano e também foi homenageado como atleta.

Durante os 21 primeiros anos em que viveu em Paulo Afonso, foi morador da Rua S e aluno da Escola Murilo Braga e outras escolas da Chesf e também do Colégio Paulo Afonso – COLEPA e do Colégio Sete de Setembro. Fez o Curso de Mecânica no CFPPA e era atleta de futebol das seleções do COLEPA e do Sete de Setembro. Também jogou nas equipes do COPA e do Olímpico, sendo conhecido na época como Jailson Galêgo.

Durante o tempo em que trabalhou em Brasília aproveitou para fazer o Curso de Direito, na UNIDF e pós-graduação em Direito Penal e Administrativo.

No seu tempo no Exército Brasileiro, teve a responsabilidade de muitas missões e destaca as últimas de sua carreira militar:

– No QGEx – Quartel General do Exército em Brasília-DF, em especial na Assessoria Jurídica do Estado-Maior do Exército e no EPEx – Escritório de Projetos do Exército, unidade que concentra todos os projetos Estratégicos e Estruturantes da Força na Aquisição de Produtos Estratégicos de Defesa.

“Cumprida a minha missão e sempre pronto para servir ao Brasil, decidi retornar à minha Paulo Afonso para dar uma melhor assistência à minha mãe, hoje com 88 anos de idade e desejo continuar servido ao meu país e a esta cidade onde nasci, fiz grandes amizades em toda a minha juventude e onde voltei a fixar residência há dois anos, vindo de Brasília.