Pastor André Valadão afirma que “Deus mataria gays” e perdoaria estupradores

Em mais uma declaração polêmica, o pastor André Valadão, líder da Igreja Lagoinha de Orlando, causou indignação ao dizer que “Deus mataria” a população LGBTQIA+ se pudesse. Durante um culto realizado em julho de 2023, Valadão afirmou que, segundo ele, Deus confiou aos fiéis a missão de “ir para cima” dos homossexuais, já que Ele mesmo não poderia agir dessa maneira.

Valadão declarou: “A porta que abriu para o casamento homoafetivo não é uma mera porta. Essa porta foi aberta quando nós tratamos como normal aquilo que a Bíblia condena. Agora, é hora de tomar as cordas de volta e falar ‘não, reseta’. Aí Deus fala: ‘não posso mais, já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi pra mim mesmo que não posso, então agora tá com vocês'”. Posteriormente, o pastor afirmou ter sido interpretado de maneira “equivocada”.

Mais recentemente, na última segunda-feira (24), Valadão voltou a causar controvérsia ao dizer que “a grandeza do amor de Jesus” perdoaria um estuprador arrependido. Respondendo a uma pergunta de seguidores sobre o que diria a um estuprador, o pastor respondeu que “não há malignidade, perversidade, que o amor de Deus não seja maior”. Ele também mencionou que relembraria ao estuprador das consequências que enfrentaria na Justiça “na terra”.

O pastor tem forte apoio de evangélicos ultraconservadores. Este apoio se manifestou na Câmara dos Deputados, que recentemente aprovou, em apenas 23 segundos, a tramitação em urgência de um projeto de lei que qualifica como homicídio o aborto a partir de 22 semanas de gestação, mesmo em casos de estupro. No entanto, tanto evangélicos progressistas quanto alguns conservadores não apoiaram o projeto.

De acordo com o Código Penal, a pena para o crime de homicídio simples varia de seis a 20 anos de prisão, enquanto a pena para estupro vai de seis a dez anos, podendo chegar a 12 anos se a vítima for menor de 18 anos e maior de 14 anos.

 

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