Além dos cuidados da saúde do homem, por meio da Campanha Novembro Azul, este mês também é marcado pela sensibilização para a prevenção do nascimento prematuro na gestação. A campanha Novembro Roxo, que tem o dia 17 como marco, traz essa temática e alerta a comunidade para o aumento do número de nascimentos de bebês prematuros no país, antes das 37 semanas.
Com base nestes dados, a Prefeitura de Paulo Afonso, por meio da Secretaria de Saúde, realiza o acompanhamento das gestantes com exames, consultas e todo o cuidado necessário para evitar que os nascimentos prematuros aconteçam. A pediatra e neonatologista, Adriana Caminha Barros é médica da rede municipal e explica a importância do acompanhamento.
“A rede municipal de saúde disponibiliza, em todas as unidades de atendimento à família, acompanhamento para gestantes. Na primeira consulta elas são cadastradas, onde são solicitados exames e através deles, vamos traçar a saúde da mulher e se o bebê vai ser afetado”, explica a médica.
Ela ressalta que o Ministério da Saúde orienta que sejam feitas no mínimo seis consultas durante o pré-natal. “O ideal é que as gestantes se consultem mensalmente, ou pelo menos seis consultas, e que façam todos os exames, seguindo as recomendações do médico e do enfermeiro que está acompanhando porque essas medidas evitam o nascimento prematuro”, afirma.
A médica enfatiza que existem variados graus de prematuridade. “Nós temos diversos graus de prematuridade, divididos em limites, extremos, tudo depende da quantidade de semanas que o bebê nasceu”. A neonatologista explica que se o bebê nascer com prematuridade, a depender do caso, ele pode sofrer algumas sequelas.
“Vale ressaltar que a prematuridade é uma causa de mortalidade neonatal. E nascendo um bebê prematuro pode ser acometido de vários problemas. A criança que permanece na UTI por muito tempo com assistência respiratória, ele pode apresentar displasia pulmonar e fica dependente de oxigênio para o resto da vida, tem infecções com muita facilidade, inclusive do sistema nervoso central. Tem maior facilidade de apresentar a retinopatia da prematuridade, que são doenças nos vasos da retina, entre outros”, diz.
A médica reforça a importância do acompanhamento na rede de saúde, para que o problema possa ser evitado ou diagnosticado a tempo. “A gente espera que a população utilize o que o serviço disponibiliza, ou seja, consultas e exames de pré-natal, ultrassonografia, assistência especializada com obstetras e que procurem à unidade de saúde, local que dispõe de profissionais capacitados para atender as gestantes”, finaliza.
Caminha fala que a depender da doença que uma grávida obtenha, o feto pode ser severamente agredido. “Rubéola, Sífilis, toxoplasmose, entre outras, podem agredir severamente o bebê, causar até uma morte intra-útero, ou o nascimento com problemas muito graves. Por isso a importância do acompanhamento desde o início da gestação”, aborda.
Ainda sobre o acompanhamento, a pediatra diz que é possível identificar que a criança tem algum problema, ainda dentro do útero. “Existe a possibilidade de algumas doenças serem identificadas ainda durante a gestação e assim a grávida ter a possibilidade de cuidar da situação”, diz a médica.
Segundo dados do Ministério da Saúde, mais de 300 mil bebês nascem de forma prematura todos os anos no Brasil.
