“Pílula do dia seguinte não é abortiva”, afirma FDA em atualização de rótulo

A Food and Drug Administration (FDA) – órgão de saúde americano semelhante à Anvisa -, mudou, na sexta-feira (23/12), o aviso de um dos contraceptivos de emergência (pílula do dia seguinte) mais populares do país para esclarecer que ele não provoca aborto.

A posição das autoridades de saúde surge depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos anular, em junho, a lei federal que assegurava o direito de aborto em todo o território norte-americano.

A alteração no rótulo indica que a pílula não interfere na implantação de um óvulo ou em uma gestação já existente, uma vez que atua ainda na fase de ovulação, antes da liberação de um óvulo ou da fecundação.

“Como resultado, o Plano B One-Step geralmente interrompe ou atrasa a liberação de um óvulo do ovário”, explica a FDA em um comunicado.

A pílula do dia seguinte possui uma concentração maior de levonorgestrel – uma espécie de progesterona sintética – do que as pílulas anticoncepcionais de uso diário e funciona de uma forma similar para impedir uma gravidez.

 “O Plano B One-Step não funcionará se a pessoa já estiver grávida, o que significa que não afetará uma gravidez existente”.