Em meio ao brilho do live action da Barbie e ao drama profundo de “Oppenheimer”, este mês nos presenteia com algo para os amantes do gênero terror. No dia 27, todos os olhos estarão voltados para a estreia de “O Convento“, um filme que promete arrepiar até os mais corajosos.
A trama se desenrola em um convento escocês, onde a linha entre o sagrado e o profano é turva e instável. Com uma pegada de possessão demoníaca habilmente mesclada à imagem sagrada da igreja, o longa, sob a direção habilidosa de Christopher Smith (reconhecido por “O Ritual: Presença Maligna”), segue a jornada de Grace, interpretada pela talentosa Jena Malone (que muitos reconhecerão de “Jogos Vorazes”). Após a notícia do suicídio de seu irmão, Grace se vê chamada ao enigmático convento, mergulhando em uma investigação que revela muito mais do que os relatos oficiais da Igreja.
A atmosfera é intensificada pelas atuações impressionantes de Steffan Cennydd como Padre Miguel e Danny Huston, de “Yellowstone”, como Padre Romero. Huston, empolgado com seu papel, compara o filme a clássicos do terror como “Narciso Negro”, “O Bebê de Rosemary” e “O Exorcista”.
Uma das jóias do filme é, sem dúvida, sua locação. Filmado na deslumbrante Ilha de Skye, na Escócia, o local dá vida a uma atmosfera remota e isolada, ampliando a sensação de desolação e mistério.
Christopher Smith, já conhecido por seu aclamado “Triângulo do Medo”, utiliza “O Convento” como meio para explorar os fantasmas pessoais que todos carregamos. Para ele, esses fantasmas são reflexos dos demônios que escondemos, e que, eventualmente, vêm à tona para assombrar nossa consciência.
Quem decidir se aventurar pelo mundo de “O Convento” encontrará uma narrativa que desafia as convenções, unindo rituais da Igreja Católica com uma abordagem moderna e ateísta. É uma obra que não apenas busca entreter, mas também provocar reflexões sobre fé, crença e os horrores que podem se esconder nas sombras da religião.
