Radialista que fez comentário homofóbico com apresentador do JN é demitido e será processado

Foi anunciado na manhã desta segunda-feira (18) que o radialista goiano, Luiz Gama, da Rádio BandNews Goiânia, foi afastado da emissora após comentários que foram interpretados como de cunho racista e homofóbico. Ele postou no Twitter falando do jornalista Matheus Ribeiro, o primeiro assumidamente homossexual a apresentar o “Jornal Nacional”, da Globo, no sábado (9).

“Puts! onde o Brasil vai parar? Queimar a rosca agora é moda. Um apresentador de telejornal de qualidade média virou a bola da vez no jornalismo nacional só porque revelou que sua rosquinha está à disposição. A qualidade profissional que se f…”, escreveu Gama no Twitter.

A BandNews Goiânia emitiu o seguinte comunicado na manhã desta segunda-feira, 18, falando sobre o afastamento de Gama: “A diretoria da Rádio BandNews Goiânia afastou o narrador Luiz Gama, que fazia parte de seu quadro esportivo, após comentários que foram interpretados como de cunho racistas e homofóbicos. A decisão foi comunicada ao vivo pelo âncora Marcos Villas Boas, na manhã dessa segunda-feira. Ao defender os princípios de defesa contra ataques relacionado à cor da pele ou orientação sexual, Villas Boas disse que a emissora não manteria em seus quadros “quem não dança de acordo” com essas convicções.”.

O advogado de Matheus Ribeiro, Carlos Márcio, também enviou uma nota: “Não iremos comentar a decisão interna da Rádio de afastar o Radialista Luiz Gama, mas repudiamos o teor ofensivo de seus comentários. A vida particular e opções do Jornalista Matheus Ribeiro dizem respeito, tão somente, a ele próprio. Não é admissível, sob qualquer circunstância e pretexto, agressões gratuitas e vis como as que foram praticadas pelo Radialista Luiz Gama. Não se trata apenas de homofobia, mas de desrespeito ao jornalista, ao ser humano, ao filho, ao neto, ao companheiro. Atos como esse só contribuem para a cultura de desrespeito e violência que permeia nossa sociedade. Lamentamos que em pleno 2019 ainda tenhamos que combater esse tipo de preconceito na imprensa brasileira.”.