Em uma noite que celebrou a diversidade de ritmos da Bahia, o Festival Virada transformou o Réveillon de quem compareceu à arena situada na Boca do Rio em uma animada prévia carnavalesca comandada pelo cantor e compositor Bell Marques, o dono da pipoca mais animada do Carnaval de Salvador.
O cantor que arrasta multidões abriu a apresentação com a música Selva Branca. “Esse é o meu último show do ano e tinha de ser aqui em Salvador, tinha de ser com vocês”, disse o artista, antes de emendar uma série de clássicos do seu repertório como Vumbora, Índia e Gritos de Guerra. Ele ainda apresentou uma canção nova, Você não vai se arrepender.
Na entrevista coletiva antes do show, o cantor disse que 2018 será o ano da afirmação de sua carreira solo. O artista também lembrou o carinho dos fãs e disse que não sabe explicar o tipo de relação que ele tem com os admiradores fieis que o acompanham. “Sem os fãs eu não seria nada, agradeço a eles a vontade de estar comigo. Faço música para eles”.
Em um dos momentos mais emocionantes para os fãs, o cantor desceu do palco e foi cantar no meio da galera. Aproveitou para abraçar a ambulante Joábia Silva, 54, grande admiradora do artista. "Tenho o primeiro LP dele. Sou muito fã. Todo Carnaval eu vou ver", contou dona Joábia, acrescentando que coloca o seu isopor em frente ao camarote do Nana (bloco) só por causa de Bell.
O artista chamou a vendedora para cantar com ele, no palco, mas emocionada, ela não conseguiu. Bell então jogou uma das paletas de sua guitarra para dona Joábia e acrescentou: “Para te dar sorte em 2018”.
Com os últimos raios de sol cobrindo de dourado a arena do Festival Virada, o Ilê Ayê abriu a festa com um cortejo afro que arrastou o público no ritmo dos tambores e do samba-reggae. De branco, uma ala de baianas típicas se misturava com as princesas e rainhas do ‘mais belo dos belos’, vestidas nas cores do bloco (amarelo, vermelho e preto).