Suzane von Richthofen, conhecida pelo crime que resultou na morte de seus pais, agora figura como microempresária em um ateliê de costura. O estabelecimento, dedicado à customização de sandálias e fabricação de bolsas e outros artigos, tornou-se centro de controvérsias após acusações de enganar clientes.
De acordo com o jornal O Globo, usuários da página Su Entrelinhas levantaram suspeitas sobre as operações do negócio. Desde que Suzane engravidou, há cerca de sete meses, ela interrompeu a confecção dos produtos, sem comunicar os consumidores. Em seu lugar, duas costureiras, sob a coordenação de Josiely Olberg, ex-cunhada de Suzane, assumiram a produção.
Uma das clientes afetadas, Pamela Siqueira, gerente financeira de 34 anos, adquiriu um par de sandálias customizadas da loja, recebendo o produto com atraso. A etiqueta indicava que o envio ocorreu de Angatuba – SP, a 270 quilômetros de Bragança Paulista, onde Suzane reside. O endereço de postagem corresponde a um escritório de advogados, entre eles Jaqueline Domingues, responsável pela defesa de Suzane em processos cíveis.
Pamela, que denunciou Suzane nas redes sociais, decidiu remover a postagem por temer represálias. “Me senti ludibriada duas vezes. Primeiro porque achava que a encomenda chegaria antes do Natal. Segundo porque ela não customizou a sandália, como havia dito. Mas resolvi apagar a queixa porque tenho medo da Suzane. Até porque ela tem o meu endereço, né?”, declarou ao O Globo, enfatizando não ser admiradora de Suzane, mas interessada em histórias de crimes reais.
Outro cliente, Diego Castro, enfermeiro de 31 anos, também relatou frustração com a loja. Entusiasta da ressocialização de criminosos, Diego expressou descontentamento com o atendimento e a qualidade dos produtos recebidos, culminando em uma publicação crítica em suas redes sociais.
“Vou logo avisando. Estou chateado. A Su Entrelinhas é uma loja feita para arrancar dinheiro e enganar as pessoas. É uma picareta”, disse Diego.
Esses casos alimentam questionamentos sobre a autenticidade do envolvimento de Suzane no processo de fabricação dos produtos de sua loja. Alegações de que ela teria interrompido suas atividades manuais e optado pela terceirização, sem informar aos clientes, geraram insatisfação e desconfiança.