A banda Skank, uma das mais populares do rock brasileiro, está na estrada com a “Turnê de Despedida” e se apresentará em Salvador, na Arena Fonte Nova, neste sábado (11). Composta por Samuel Rosa (guitarra e voz), Lelo Zanetti (baixo), Henrique Portugal (teclados) e Haroldo Ferretti (bateria), o grupo promete um repertório com os grandes clássicos que marcaram sua trajetória.
A separação do Skank foi anunciada em 2019 por Samuel Rosa e, após a pausa forçada pela pandemia de Covid-19, os shows de despedida foram retomados. Comemorando 30 anos de carreira e o lançamento do primeiro disco, que leva o nome da banda, eles já venderam mais de seis milhões de cópias em gravações de estúdio e ao vivo.
Em entrevista, Lelo Zanetti disse que, apesar de saber que essa pode ser a última vez que eles sobem ao palco como um grupo, a sensação é de estar celebrando o momento.
“Estamos vivendo muitas alegrias, emoções, pedidos de música, particularidades do público de cada região. Estamos curtindo esse momento em cada cidade que passamos. Temos a sensação de dever cumprido por seguirmos juntos por tanto tempo. Somos orgulhosos do legado que deixamos para nossos fãs”, afirmou o baixista.
Durante três décadas, o Skank emplacou hits como “Dois Rios”, “Pacato Cidadão”, “Vamos Fugir”, “É uma Partida de Futebol” e “Vou Deixar”. Eles também colecionaram diversos feitos no rock brasileiro, incluindo a mixagem do álbum “Siderado” no estúdio Abbey Road, em Londres.
O desafio dessa turnê tem sido encaixar, em um mesmo roteiro, tudo que os quatro integrantes já gravaram desde 1990. Segundo o baterista Haroldo Ferretti, é a parte mais difícil, mas também a mais gostosa.
“Fizemos uma lista com um número considerável de músicas e a cada show vamos alternando algumas. Além disso, um momento muito legal de interação com a plateia é quando eles usam aplicativos de celular, tipo letreiros, ou até mesmo cartazes para pedirem suas músicas favoritas”, revelou Lelo.
Apesar da separação da banda, muito se especula sobre novos projetos, mesmo que individuais. Lelo afirmou que já há uma movimentação para trabalhos solos. “Alguns de nós já têm coisas paralelas à banda e devemos agora seguir trabalhando com outros amigos, com outros projetos”, disse o baixista.
O anúncio oficial da separação da banda diz que ela aconteceu por “desejos individuais de experimentar novos caminhos musicais e pessoais. Sem brigas, sem decadência, sem barracos públicos e sem descartar a possibilidade de reuniões futuras. Pontuais? Comemorativas? Definitivas? Só o tempo dirá”.