Vitor Morosini fala pela 1ª vez após cair de 5º andar de hotel: “nasci de novo”

Vitor Morosini, de 29 anos, que caiu do quinto andar de um hotel em Barretos, no interior de São Paulo, no dia 23 de agosto, falou com QUEM pela primeira vez desde o acidente. O ator, que está no ar como o Isaac de Belíssima no Vale a Pena Ver de Novo, contou o que houve no dia e revelou que o acidente foi ocasionado por seu vício em maconha. “Acabei tendo um surto persecutório, que é a mania de perseguição por causa do uso da droga. Pulei do quinto andar e o fio elétrico estava desativado. Caí e o fio me amorteceu. O fio foi a mão de Deus… Caí em pé, de olho fechado e tive diversas fraturas. Passei por 5 cirurgias e coloquei placas no braço, nos pés e no fêmur. Agradeço muito a Deus por estar vivo, nasci de novo. Foi um milagre!”, disse ele, que está há quase três meses em cima de uma uma cadeira de rodas.

Após deixar o hospital, Vitor foi internado em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, de onde teve alta esta semana. “Foi a minha sexta internação e, dessa vez, eu vi que não dá mais para mim. Estou tendo tratamento psiquiátrico e assim que saí do surto, foi diagnosticado que a maconha me causa o quadro de bipolaridade. Não posso usá-la de jeito nenhum!”, afirmou ele, contando que o vício começou na adolescência. “Usei maconha pela primeira vez com 15 anos com amigos, em Vinhedo, onde moro atualmente com minha mãe (Maria Inez Avila), e acabei entrando nessa vida. Sempre usei só a maconha, cheirei cocaína cinco vezes apenas, mas não me viciei. E álcool eu só bebi poucas vezes”.

Vitor estreou na Globo na segunda temporada do seriado Sandy e Junior, onde interpretou Duda, estudante do ensino fundamental. Em seguida, foi para o SBT e atuou nas novelas Pequena Travessa e Jamais Te Esquecerei. Retornou à Globo em 2005 e, em Belíssima, interpretou Isaac, filho de Safira, interpretada por Claudia Raia, seu papel de maior destaque na emissora. Seu último trabalho na TV foi como o Peter de Escrito nas Estrelas, em 2010. “Quando terminei minha carreira na TV, resolvi me dedicar à aviação. Fiz o curso, mas não deu muito certo porque tive problemas com drogas e no exame toxicológico. Usava maconha diariamente e não pude entrar na aviação”, lembrou.

Após o acidente, Vitor só pensa no futuro. “Vou continuar minha fisioterapia. Sou católico e espírita. Não tenho dúvidas de que o que aconteceu foi uma segunda chance que Deus me deu. Agora tenho duas datas de nascimento: 19 de junho e 23 de agosto. Quando caí, em nenhum momento perdi minha consciência. Ao mesmo tempo que gritava de muita dor, eu pensava: ‘graças a Deus estou vivo!'”, recordou ele, que sabe bem o que quer fazer quando estiver 100%. “Televisão, aviação ou talvez montar um negógio com a minha mãe. O que sei é que sou muito mais feliz sem drogas”. Vitor ainda fez uma declaração para a mãe, Maria Inez Avila, que o acompanhou em todos os momentos:  “Minha mãe foi a pessoa que sempre teve paciência comigo. Se não fosse por ela estava perdido. Devia ter escutado ela. Hoje eu vejo o quanrto ela é importante!”.