30 anos sem Senna: Prost relembra amizade e rivalidade com ídolo

30 anos após sua morte, o legado de Ayrton Senna ainda ressoa, unindo antigos rivais e admiradores do ícone do automobilismo.

Senna

Em um momento de rememoração emocionante, o dia marca os 30 anos desde a partida de Ayrton Senna, um dos pilares da Fórmula 1, na fatídica corrida de San Marino, em Ímola. A trajetória dele, cheia de glórias e desafios, ainda ressoa no coração dos fãs de automobilismo ao redor do mundo, especialmente neste 1º de maio.

Entre as vozes que se levantam para honrar a memória de Senna está Alain Prost, adversário ferrenho nas pistas, mas, paradoxalmente, um amigo próximo fora delas. O piloto francês, que também ostenta três títulos mundiais na sua carreira, usou as redes sociais para compartilhar memórias dos momentos descontraídos com o ídolo brasileiro, expressando saudade: “Seria bom rirmos juntos novamente hoje”, postou Prost.

Senna e Prost foram mais do que apenas rivais, foram leais companheiros de equipe na McLaren entre os anos de 1988 e 1991. Inicialmente, o relacionamento parecia promissor. Ayrton chegou a louvar a capacidade de Prost em uma coletiva, referindo-se a ele como o maior piloto na ativa naquele tempo. No entanto, as exigências da competição acirrada em breve intensificaram a rivalidade, evidente no incidente do GP de Portugal em 1988, quando Prost forçou Senna para fora da pista, e Senna, por sua vez, retaliou durante a corrida.

Os anos seguintes foram um constante tira-teima entre os dois. Senna levou a melhor em 1988, 1990 e 1991, enquanto Prost conquistou o campeonato ao lado de Senna em 1989 e adicionou mais um título à sua trajetória na Williams em 1993. Após anos de uma relação temperada pela rivalidade, ambos mostraram sinais de reconciliação. No último título de Prost, eles compartilharam o pódio de forma amigável.

A aposentadoria de Prost em 1993, seguida da trágica morte de Senna em 1994, transformaram o sentimento de rivalidade em uma lembrança de respeito mútuo. Prost foi um dos que carregaram o caixão de Senna, um gesto que simboliza a profunda conexão e respeito que crescera entre eles, apesar dos desafios nas pistas.

Hoje, ao olhar para trás, tanto fãs quanto contemporâneos de Senna e Prost podem refletir sobre uma era inesquecível da Fórmula 1, onde a intensidade da competição coexistia com laços pessoais fortes, ainda que complexos.