O zagueiro Francesco Acerbi, da Inter de Milão e integrante da seleção italiana, foi envolvido em controvérsia após acusações de proferir insultos racistas direcionados a Juan Jesus, do Napoli. A Federação Italiana de Futebol (FIGC) anunciou a ausência de sanções ao defensor pela carência de evidências concretas sobre o incidente.
Gerardo Mastandrea, juiz responsável pelo caso na FIGC, esclareceu que não se alcançou o nível de certeza necessário para confirmar a infração. “A ausência de provas tangíveis, como áudios ou vídeos, e a falta de testemunhas corroboram a decisão de não penalizar Acerbi com a suspensão, que poderia afastá-lo do campo por até dez partidas,” informou.
Este desenlace poderia ter excluído Acerbi do restante da temporada europeia, afetando potencialmente sua participação na Eurocopa que se aproxima. O Napoli, por sua vez, expressou sua incredulidade e desapontamento com a decisão através de um comunicado. O clube ressaltou a improbabilidade de um mal-entendido por parte de Juan Jesus e criticou as medidas superficiais adotadas pela FIGC contra o racismo, prometendo tomar iniciativas próprias e mais significativas.
O episódio ocorreu no confronto entre a Inter de Milão e o Napoli, pela 29ª rodada do Campeonato Italiano, quando Juan Jesus reportou o insulto ao árbitro. Posteriormente, Acerbi se desculpou, e ambos aparentemente resolveram a questão no campo. No entanto, Juan Jesus reforçou nas redes sociais que o comportamento de Acerbi foi inaceitável, contrastando com a versão do italiano de que seu comentário não tinha intenções racistas.
A resposta de Acerbi e sua posterior saída da concentração da seleção italiana para defender-se diante da FIGC não amenizou a situação. “O racismo é combatido aqui e agora,” reiterou Juan Jesus, destacando a gravidade do racismo no esporte e na sociedade.