Agonia sem fim: Bahia perde pênalti e leva 1×0 do Athletico-PR

Clayson perde o pênalti que daria o empate ao Bahia -Créditos: Reprodução/Facebook

A agonia do Bahia não tem fim. Vice-lanterna do Brasileirão, o time perdeu mais uma vez neste sábado (26), dessa vez para o Athletico Paranaense por 1×0, na Arena da Baixada, em Curitiba.

Foi a nona partida seguida sem vencer e a quarta derrota consecutiva do Esquadrão, que não vence desde 16 de agosto, pela 3ª rodada, quando fez 2×1 no Red Bull Bragantino. Agora, após a 12ª, o time tem apenas nove pontos e pode virar lanterna no complemento da rodada, domingo.

Christian marcou o único gol na capital paranaense, e da maneira que tem sido a tônica do Bahia na competição: em falha de marcação após cruzamento na área. O tricolor ainda perdeu um pênalti com Clayson poucos minutos depois.

Início burocrático

Vindo de três derrotas consecutivas, o Bahia adotou uma postura precavida. Preocupado primeiramente em não perder mais do que em ganhar, o time não ousou atacar em bloco, nem se posicionar à frente. Isso deu à partida um tom burocrático no primeiro tempo, já que o Athletico também não contava com o estilo arisco que se acostumou a ver da equipe na Arena da Baixada.

O Bahia criou uma oportunidade em todo o período, que foi em um cruzamento de Élber da esquerda que Rodriguinho escorou para fora aos 19 minutos. Gilberto, que quase não recebia bola por causa da estratégia adotada, ainda se machucou e deu lugar a Saldanha.

A alteração não mudou o tom morno do confronto, que foi interrompido aos 41 minutos quando Erick, do Athletico, recebeu livre pelo lado esquerdo da defesa tricolor e Douglas salvou o time com uma grande defesa.

Ainda antes de acabar a metade inicial do jogo, o time da casa fez outra jogada nas costas de Juninho Capixaba, e Ronaldo, ao cortar o cruzamento, exigiu atenção do goleiro tricolor para evitar o gol contra.

Gol sem marcação

No intervalo, Mano Menezes terminou de mudar o ataque e voltou a campo com Clayson no lugar de Élber, que teve noite discreta. O Esquadrão até frequentou mais o campo de ataque no segundo tempo, porém sem conseguir chegar de modo efetivo para dar trabalho ao goleiro Santos, até então um espectador de luxo. Na melhor chance, Ramires serviu Saldanha, que ganhou do marcador na velocidade e exigiu defesa do atleticano, mas a arbitragem alegou impedimento e anulou o lance.

O Athletico, quando chegou, foi letal. O gol, mais uma vez, teve falha decisiva do sistema defensivo tricolor. Primeiro porque o lateral esquerdo Abner cruzou sem ser marcado e depois porque o zagueiro Juninho, do Bahia, ficou olhando a trajetória da bola e esqueceu de acompanhar Christian, que cabeceou de longe, botou no canto direito de Douglas e fez 1×0 aos 28 minutos.

Pênalti perdido

O gol sofrido fez Mano Menezes mexer de imediato na equipe e duplamente, com Rossi e Marco Antônio nos lugares de Ramires e Rodriguinho. Deu certo, parcialmente.

Isso porque, com cinco minutos em campo, Marco Antônio finalizou uma vez – para fora – e, no lance seguinte, Rossi recebeu na área e foi derrubado por Santos, em lance que o árbitro marcou o pênalti após conferência com o VAR. Sem Gilberto e Rodriguinho em campo, Clayson foi para a cobrança e perdeu. Parou diante de Santos, que pulou em seu canto esquerdo e espalmou.

Foi a melhor chance do Bahia no jogo e praticamente a última. Ainda deu tempo de Ernando aparecer na área e chutar pra fora após cruzamento rasteiro de Saldanha da esquerda. Do outro lado, Abner quase ampliou em cobrança de falta que passou perto.

No fim, restou o lamento tricolor pela quarta derrota consecutiva e o 19º lugar no Brasileirão, podendo virar lanterna nesse domingo se o Goiás, que tem oito pontos, ganhar ou empatar com o Ceará em Fortaleza. O Bahia soma nove pontos após 11 partidas, e o próximo desafio é contra o Botafogo, quarta-feira (30), às 21h30, no Rio de Janeiro. O jogo é atrasado da 1ª rodada.

Ficha técnica 

Athletico-PR x Bahia – 12ª rodada do Campeonato Brasileiro

Athletico-PR: Santos, Jonathan (Jorginho), Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Wellington, Erick, Christian (Alvarado) e Léo Cittadini (Ravanelli); Fabinho (Carlos Eduardo) e Pedrinho (Renato Kayzer). Técnico: Eduardo Barros.

Bahia: Douglas, Edson, Ernando, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore, Ronaldo (Ramon), Ramires (Rossi) e Rodriguinho (Marco Antônio); Gilberto (Saldanha) e Élber (Clayson). Técnico: Mano Menezes.

Estádio: Arena da Baixada, Curitiba
Gol: Christian, aos 28 minutos do 2º tempo
Cartão amarelo: Erick, Jonathan, Thiago Heleno, Alvarado; Saldanha
Arbitragem: Ricardo Marques Ribeiro, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Felipe Alan Costa de Oliveira (trio de Minas Gerais).