Ancelotti no Brasil? Marquinhos abre o jogo em coletiva

O zagueiro do Paris Saint-Germain discute o futuro da Seleção e a batalha contra o racismo

BARCELONA – Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, o zagueiro da Seleção Brasileira, Marquinhos, revelou que esteve presente em uma reunião com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, discutindo o futuro técnico da equipe nacional. Com a saída de Tite, Carlo Ancelotti, atualmente no comando do Real Madrid, está sendo cogitado para assumir a vaga em 2024.

Estratégia definida para escolha do técnico

Marquinhos, ao lado de outros veteranos da equipe como Casemiro, Danilo e Alisson, se colocou à disposição do presidente da CBF para contribuir com ideias na tomada de decisão, porém reforçou que a palavra final é de Ednaldo. “Ele tem um plano a seguir, nós damos ideias, mas a decisão é dele”, afirmou Marquinhos. O zagueiro do Paris Saint-Germain também reiterou que todos estão focados no treinador interino Ramon e prontos para acatar qualquer decisão tomada.

Durante a coletiva, Marquinhos também falou sobre o combate ao racismo, um tema importante e presente na agenda do futebol mundial. Com firmeza, o jogador salientou a necessidade de unir forças contra o preconceito. “É um tema que me dói. Aconteceu com Vini e vimos porque tinha câmera, mas acontece em todo lugar do mundo e é um problema geral. Somos todos iguais, independentemente da cor. Temos que ser tratados iguais”, disse.

Foco no amistoso e expectativas para a Seleção

Com Marquinhos em campo, a Seleção Brasileira tem um amistoso contra a Guiné neste sábado, em Barcelona, e na terça-feira enfrentará o Senegal, em Lisboa. Enquanto a decisão sobre o novo técnico não é tomada, o time se mantém focado nos próximos desafios.

Marquinhos ainda abordou o futuro de Neymar na Seleção, após o período de recuperação do jogador. “Primeiro creio que ele esteja focado na recuperação, uma lesão longa e difícil, não é fácil para ele. E depois, sim, creio que a seleção brasileira é excelência, alto nível. Voltando ao nível que tem, ele com certeza vai vir com o maior prazer”, disse o zagueiro, mostrando-se otimista com o retorno do colega de equipe.

As próximas gerações e o legado da Seleção

Falando sobre a próxima geração de talentos, Marquinhos destacou Vini, que tem se destacado no cenário do futebol. “É bom que o Vini continue sendo esse jogador extraordinário que vem sendo nos últimos anos. Ficamos orgulhosos não só pelo Vini mas por todos outros que vêm em alto nível”.

Ao ser questionado sobre um preferido para o cargo de técnico da Seleção, Marquinhos foi cauteloso, evitando mencionar nomes e mostrando respeito pelo trabalho do treinador interino. “A gente não tem preferência. É até delicado falar um nome. Depois não acontece, ficamos sem credibilidade. Precisamos ser muito cautelosos nessa ordem. Temos nosso treinador interino e não vamos faltar com o respeito”, afirmou.

Na reunião com Ednaldo, segundo Marquinhos, foi ressaltada a importância de manter a tranquilidade neste momento delicado de escolha do novo treinador. O presidente da CBF tem mantido contato próximo com os jogadores mais experientes, ouvindo suas opiniões, mas a decisão final será dele.

Com a confirmação da reunião, a torcida brasileira aguarda com expectativa a decisão sobre o novo comandante da seleção. Enquanto isso, o time se concentra nos próximos desafios, preparando-se para os amistosos contra Guiné e Senegal.

Outras questões discutidas na coletiva

Marquinhos também discutiu o futuro de Mbappe, atualmente jogando pelo Paris Saint-Germain. “É um gênio, talento puro, um líder para o PSG, e muito importante para nós”, elogiou o zagueiro, expressando o desejo de que o jovem craque continue no clube francês.

Ele terminou a coletiva com uma visão otimista, ressaltando a importância da evolução contínua dos jogadores e o desejo de que, independentemente de quem assuma como técnico, a equipe continue mantendo seu alto nível de desempenho. “Agora é um momento de preparação, conseguir que o nosso grupo consiga encaixar cada vez mais, criar essa coesão que tinha antes da Copa e que se chegar um treinador novo, encontre esse grupo coeso”, finalizou Marquinhos.

Assim, enquanto as decisões são tomadas nos bastidores, o foco continua sendo a preparação em campo, na busca por resultados e no compromisso com a melhoria contínua, dentro e fora de campo.