A chegada de Rodriguinho ao Bahia causou expectativa. Desejo antigo do tricolor, o meia desembarcou no clube como a principal contratação da temporada e o logo de cara recebeu a camisa 10.
A retribuição pela confiança, no entanto, teve que ser freada. Por conta da pandemia do novo coronavírus e a paralisação das competições, Rodriguinho fez apenas dois jogos com a camisa azul, vermelha e branca e já amarga quase quatro meses sem saber o que é entrar em campo.
Mas se engana quem acha que o tempo parado pode ter prejudicado a evolução do meia. Pelo contrário. Rodriguinho garante que usou o período sem partidas para se adaptar e criar entrosamento com os companheiros.
“Por incrível que pareça não me afetou tanto (período sem jogos). Voltei bem, mantive os treinos em casa. Não tenho problema para engordar, então voltei bem, me dediquei bastante nesse tempo parado, e quando a gente voltou aqui ao clube, trabalhamos muito forte”, disse ele.
“Foi até bom para eu me adaptar mais aos companheiros, aproveitar esse tempo que não teríamos, eles me conhecerem melhor, ajustar posicionamento para que saia tudo redondinho dentro de campo”, continuou o camisa 10.
Do elenco, o mais conhecido para Rodriguinho é o atacante Clayson. Os dois atuaram juntos no Corinthians, onde conquistaram o Campeonato Brasileiro de 2017. Mas apesar do entrosamento, ele garante que vai estar pronto para atuar ao lado de quem o técnico Roger Machado escolher.
“Já conheço o Clayson há bastante tempo, sei da qualidade dele, a gente se entende bem, mas esse tempo foi bom para entrosar com os companheiros e quem Roger escolher vai ser uma grande opção. O jogador escolhido tem a responsabilidade de fazer um grande trabalho, pois tem outro atleta no mesmo nível no banco e a qualquer momento ele pode perder posição. Isso é bom para elevar o nível”.
A espera de Rodriguinho e de todos os jogadores do Bahia para voltar a ação vai ter fim nos próximos dias. Com a confirmação da volta das competições, o Esquadrão se prepara para retomar a temporada no próximo dia 22, quando enfrenta o Náutico, às 20h, pela Copa do Nordeste.
Há quase um mês treinando na Cidade Tricolor, Rodriguinho sabe que vai ter que encarar a missão de ser o principal articulador do ataque do Bahia durante a temporada e dá um aperitivo do que a torcida e o treinador Roger podem esperar das suas atuações.
“O que pode esperar de mim é a ofensividade, o Roger sabe das minhas características, que é pisar na área, finalizar. Estou aqui para contribuir com assistências e gols e ajudar os meus companheiros, passar algumas experiencias que eu já vivi”.
O jogador comentou também sobre a ausência dos torcedores nas arquibancadas durante as partidas. Ele disse que vai a festa da torcida vai fazer falta, mas entende que, pelo momento, é necessário garantir a segurança de todos.
“Vai ser uma coisa diferente, meio chata, mas necessária. Temos que manter o respeito por aquelas pessoas que estão em dificuldade. Muitas coisas ainda estão fechadas, então seria inconsequente voltar com torcida. Vamos nos adaptar a esse momento, mas a gente sabe que estamos representando uma nação”.