Na última sexta-feira (12), uma mulher foi resgatada de um trabalho abusivo na cidade de Santa Teresinha (BA). Ela trabalhava como empregada doméstica, porém, em condições análogas à de escravidão há 12 anos em uma casa que abrigava um bar e também era abrigo para idosos. Ela nunca recebeu salário e era observada 24 horas pela proprietária do estabelecimento.
A mulher, de 39 anos, está grávida de gêmeos, com uma gestação de risco. A Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo encontrou a mulher em situação exploratória, ela era responsável por limpar a casa, cozinhar, arrumar os quartos, além de cuidar de seis idosos que vivem no local, a vítima terá direito a três parcelas do seguro-desemprego especial e terá, também, assistência jurídica para entender os seus direitos que foram tirados ao longo dos 12 anos.
A denúncia foi encaminhada pela Promotoria de Justiça de Santa Teresinha e, com isso, dois auditores-fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e uma procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) conseguiram ter acesso à casa.
A empregadora, Maria Antonieta Batista, conhecida na cidade como Renata do Taperi, foi notificada pelos auditores-fiscais do trabalho para atualizar e regularizar a rescisão, pagamento das verbas rescisórias e registro do tempo de serviço em Carteira de Trabalho e Previdência Social.