O atacante Paulinho, do Atlético-MG, tornou-se alvo de intolerância religiosa após a derrota da seleção brasileira contra a Colômbia, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. As ofensas, centradas em sua fé no Candomblé, acenderam o debate sobre o preconceito religioso no esporte.
A entrada de Paulinho, convocado por Fernando Diniz, no segundo tempo do jogo não impediu a virada colombiana por 2 a 1. Após a partida, o atacante de 23 anos, líder em gols no Campeonato Brasileiro, foi alvo de mensagens preconceituosas em redes sociais. Comentários como “Foi só o macumbeiro entrar que levamos a virada” e “Cadê o seu Exu, agora?” foram reportados, expondo a intolerância enfrentada pelo jogador.
Paulinho, seguidor do Candomblé e conhecedor da Umbanda, duas religiões de matriz africana, tem sua fé como um aspecto público de sua vida. Ele expressou gratidão a Exu, um dos Orixás principais, por sua convocação à seleção.
A repercussão dos ataques levou o Atlético-MG e o Vasco, ex-clube de Paulinho, a emitirem declarações condenando a intolerância religiosa. Essas manifestações reforçam a necessidade de respeito à diversidade religiosa e o combate ao preconceito no ambiente esportivo.