O jogador Daniel Alves, preso desde janeiro sob acusação de estupro, teve seu caso intensificado nesta quinta-feira (11) com a divulgação de um áudio contendo o depoimento da vítima. O programa de TV espanhola “Ana Rosa” tornou público o áudio, gravado pela câmera de um dos policiais presentes no local onde o estupro teria ocorrido.
A gravação, iniciada às 04h57, captura o relato angustiante da jovem, revelando detalhes perturbadores sobre o crime. Após os policiais conversarem com o proprietário do local, cerca de quatro minutos depois, a vítima teve a oportunidade de compartilhar sua versão dos acontecimentos.
De acordo com a jovem, ela entrou voluntariamente no banheiro acompanhada por Daniel, mas logo expressou o desejo de ir embora. No entanto, o jogador se recusou a permitir sua saída e começou a proferir ofensas, chamando-a de “vadia” e agredindo-a fisicamente. “Ele jogou minha bolsa no chão e me bateu”, relatou a vítima aos policiais, visivelmente abalada emocionalmente.
Durante o áudio, é possível perceber o medo da jovem de ser julgada, principalmente pelo fato de ter entrado no banheiro de forma voluntária.
“Não quero que o que aconteceu seja divulgado, ninguém vai acreditar em mim porque vão ver que entrei no banheiro voluntariamente”, desabafou a jovem, emocionada.
O Ministério Público indicou que Daniel Alves deve ser acusado do crime de agressão sexual com penetração, previsto no artigo 179.º do Código Penal espanhol. Caso seja condenado, o jogador pode enfrentar uma pena de detenção que varia de quatro a 12 anos.
A divulgação do áudio traz à tona novos elementos que fortalecem o caso contra Daniel Alves. As palavras emocionadas e o choro da vítima evidenciam o sofrimento e o trauma vivenciados durante o suposto estupro. Até o momento, a defesa de Daniel Alves não se pronunciou sobre o vazamento do áudio.
O caso segue em investigação, e as autoridades espanholas estão reunindo todas as evidências e depoimentos necessários para esclarecer a verdade dos fatos. Enquanto isso, a sociedade aguarda por respostas e pela garantia de que a justiça será feita.