No campo de batalha que é o Campeonato Brasileiro, o Bahia conseguiu respirar aliviado mais uma vez após o empate de 0 a 0 entre Goiás e Atlético-MG, em Goiânia. Este resultado mantém o time baiano fora da temida zona de rebaixamento. No entanto, a situação é delicada e o clima de instabilidade está longe de ser dissipado.
Com uma posição tênue, ocupando o 16º lugar com 13 pontos em 15 jogos, o Tricolor de Aço segura a porta da zona de rebaixamento com apenas um ponto de diferença para o Goiás, que está na 17ª posição. Caso o Goiás tivesse superado o Atlético-MG na rodada anterior, o time esmeraldino teria subido para 14 pontos, empurrando o Bahia para a zona perigosa.
Esta insegurança significa que o Bahia continua à beira do precipício. A rodada seguinte poderá jogá-lo na 18ª posição se acontecer uma derrota contra o Corinthians no sábado que vem, na Fonte Nova, e se Goiás e Coritiba conseguirem vitórias em seus respectivos jogos contra Cruzeiro e Fluminense.
Mesmo tendo escapado do Z-4, o Bahia encontra-se em meio a uma crise intensa. A pressão dos torcedores sobre o trabalho do técnico Renato Paiva, do diretor de futebol Cadu Santoro, e dos jogadores aumenta à medida que os resultados não aparecem. A sequência de 14 partidas com apenas uma vitória tem abalado o moral da equipe e agravado a situação.
A tensão foi evidente nas declarações do zagueiro e capitão Kanu, após a derrota por 2 a 0 para o Athletico-PR, onde ele expressou a necessidade de grandes mudanças na equipe. Do outro lado, o técnico Renato Paiva defendeu-se apontando a necessidade de mais tempo e reforços para o elenco.
Para complicar a situação, o Bahia ainda tem que lidar com problemas de lesões. O atacante Kayky é uma preocupação recente, que saiu chorando de campo no último jogo com uma entorse no joelho e passará por exames. Uma lesão mais grave não está descartada, o que pode aprofundar a crise da equipe baiana.
