Na sequência dos eventos recentes que abalaram o mundo esportivo, o Esporte Clube Bahia anunciou uma mudança significativa em seu museu: a imagem de Daniel Alves, um dos atletas formados nas categorias de base do clube, foi removida de sua galeria de ídolos. Esta ação foi realizada na última quinta-feira, 22, logo após a confirmação da condenação de Alves por um tribunal em Barcelona, Espanha, por um crime de estupro.
Daniel Alves, que iniciou sua trajetória no futebol no Bahia, teve uma passagem marcante pelo clube entre 2001 e 2003, somando 37 partidas, antes de sua transição para o Sevilla, que abriu portas para uma carreira consagrada na Europa e na Seleção Brasileira. Durante seu tempo no Esquadrão de Aço, Alves foi parte integrante do elenco vencedor da Copa do Nordeste em 2002.
A condenação de Alves a 4 anos e 6 meses de reclusão se deu após a justiça espanhola considerá-lo culpado da acusação de estupro contra uma mulher na boate Sutton, em Barcelona, no ano de 2022. O processo foi marcado por diferentes versões dos fatos apresentadas pela defesa do jogador.
A decisão de remover a imagem do atleta das honrarias do clube reflete um debate já existente entre sócios e conselheiros do Bahia desde o surgimento das acusações contra ele. Paralelamente, discute-se também na cidade de Juazeiro, berço de Daniel Alves, a possibilidade de retirada de uma estátua em sua honra, presente na orla da cidade, um sinal dos profundos impactos que tal caso teve para a comunidade e o esporte.