Brasil brilha no mundial de atletismo paralímpico com 42 medalhas

Brasil conquista 6 medalhas no Mundial de atletismo paralímpico, com destaque para o ouro de Wallison Fortes nos 200m T64.

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O Brasil encerrou brilhantemente sua campanha no Mundial de Atletismo Paralímpico, realizado no estádio Kobe Universiade Memorial Stadium, conquistando seis medalhas na manhã deste sábado (25). Wallison Fortes, gaúcho estreante na competição, arrebatou o ouro nos 200 metros T64 (para amputados de membros inferiores com prótese), após um desfecho emocionante em que o italiano Francesco Loragno, inicialmente medalhista de ouro, foi desclassificado por invadir a raia adversária.

Com essa vitória, Wallison alcançou um dos critérios do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) para se credenciar aos Jogos de Paris. “Estou muito feliz porque isso garante a minha vaga nos Jogos Paralímpicos. Foi uma bela estreia em Mundiais. Não é mérito só meu. É de toda a equipe,” declarou o atleta, natural de Eldorado do Sul, município impactado pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

Recorde mundial e outras medalhas brasileiras

Nos 200 metros T11 (deficiência intelectual) feminino, a chinesa Cuiqing Liu estabeleceu o novo recorde mundial, com 24s36, conquistando o ouro. Thalita Simplício, potiguar, ficou com a prata (24s95), enquanto Jerusa Geber, acreana, garantiu o bronze.

Lorraine Aguiar (ES), nos 200 metros T12 (deficiência visual), Rayane Soares (MA), nos 400 metros T13 (deficiência visual), e Rodrigo Parreira (GO), no salto em distância T36 (paralisados cerebrais), também subiram ao pódio com medalhas de bronze.

Excelente campanha para o Brasil

O Brasil terminou o Mundial de Kobe com 42 medalhas (19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes), conquistando a segunda posição no quadro geral, atrás apenas da China. “A gente sai daqui com um sentimento de alegria, uma sensação de dever cumprido. Mas, por outro lado, com sentimento de um baita desafio e de muita expectativa para os Jogos Paralímpicos de Paris, que são o nosso principal objetivo do ciclo,” avaliou Mizael Conrado, presidente do CPB.

“O Campeonato Mundial demonstrou que nós estamos no caminho certo. Muita gente nova chegando por meio de nossos projetos de formação, como a Escola Paralímpica de Esportes, os Centros de Referência e o Camping Escolar Paralímpico. Esse Mundial nos deixa a certeza de que o futuro será ainda melhor que o presente,” acrescentou Conrado.