Ter o esporte como ferramenta de inclusão de pessoas com deficiência é um dos objetivos da Prefeitura de Paulo Afonso. Na prática, a gestão fornece suporte ao time de basquete Carcará sobre Rodas, formado por cadeirantes.
O apoio da gestão é ressaltado pelo presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Compede), Lúcio Flávio, que enfatiza o trabalho desenvolvido para este grupo, por meio das Secretarias de Cultura e Esporte e de Educação. Ele ressalta que o Centro de Esportes Unificados (CEU), localizado no Bairro Tancredo Neves, é cedido para o treino da equipe, assim como o ajuda no transporte da equipe para a disputa em campeonatos.
“O projeto do time de basquete para cadeirantes é uma parceria do Compede com a Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) e a Associação da Pessoa com Deficiência de Paulo Afonso (APDEPA), entidade com sede no bairro Santa Inez. O futuro time já está treinando na quadra da Praça CEU, disponibilizada pela Prefeitura”, diz. Ele explica que as dez cadeiras adaptadas para o basquete foram doadas pela Sudesb à APDEPA.
Flávio falou também sobre outras atividades que recebem apoio da gestão municipal, como adequação das escolas da rede para atender à demanda de alunos com deficiência. “Outro projeto que está sendo implantado, em parceria com a Secretaria de Educação, através da Coordenação de Educação Física, é a introdução da educação física adaptada nas escolas municipais. Hoje, a rede municipal conta com um grande número de crianças com deficiência. E para atender a essa demanda, as escolas passaram por processos de adaptação, como construção de rampas de acesso, banheiros, preparação de professores, contratação de cuidadores, e tudo isso foi feito para garantir a essas crianças o direito constitucional de frequentar a escola”, complementou.
O presidente esclarece que dados recentes do IBGE apontam 32 mil pessoas com algum tipo de deficiência residindo no município, o que representa aproximadamente 20% da população. Ele enfatiza que está buscando apoio de empresas privadas para manter a equipe e desenvolver outras modalidades. “Além do time de basquete, nós temos o projeto da Bocha adaptada para pessoas com paralisia cerebral e distrofias musculares. Em parceria com a Uneb, nós temos o Projeto Girassol, para crianças autistas e com outras deficiências. Atualmente, o projeto desenvolve natação e já prepara outras atividades”, conclui Lúcio Flávio.