O ex-lateral e capitão do penta, Cafu, entregou as chaves de um imóvel de luxo na Riviera de São Lourenço, litoral de São Paulo, para sanar uma dívida contraída com o Banco Industrial do Brasil (BIB).
O empréstimo, no valor de R$ 3,5 milhões, foi feito em março de 2017 e tinha como garantia a alienação fiduciária de bens imóveis em nome de Cafu e sua ex-mulher, Regina. Em dezembro de 2018, um acordo de R$ 6,5 milhões foi firmado, incluindo o pagamento do direito de titularidade sobre alguns imóveis, como o da Riviera.
A entrega das chaves do imóvel aconteceu após a Justiça determinar a reintegração de posse, condenando o ex-futebolista e sua ex-mulher ao pagamento de uma multa diária de R$ 500 e aluguéis de R$ 15 mil até a desocupação do imóvel.
Os advogados do ex-jogador afirmam que ele entregou as chaves como um gesto de boa-fé, porém questionam a conduta do banco no caso, considerando-a arbitrária.
Em consequência dessa situação, Cafu abriu um novo processo, que corre em segredo de Justiça. A defesa do ex-atleta alega irregularidades e vícios processuais no caso, e pede a suspensão do processo de reintegração de posse até que o outro processo seja julgado. Cafu busca a nulidade da sentença e a redistribuição do caso para outro tribunal.
O Banco Industrial do Brasil afirmou que firmou um contrato de comodato com Cafu e sua ex-mulher em dezembro de 2018, com vigência de 1 ano. No entanto, o imóvel não foi desocupado na data devida. A instituição financeira entrou na Justiça com uma ação de reintegração de posse, alegando ser a proprietária do imóvel e do terreno na Riviera.
O caso está sendo analisado na 12ª Câmara de Direito Privado, mas a defesa de Cafu acredita que a discussão deveria ocorrer onde o acordo foi homologado, em outro processo na 44ª Vara Cível da Comarca da Capital.