Na última sexta-feira (23), um marco significativo foi estabelecido para o futebol feminino brasileiro com o anúncio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre o investimento histórico destinado ao Campeonato Brasileiro Feminino de 2024. A cifra expressiva de R$ 25 milhões será aplicada no Brasileirão A1, que reunirá 16 clubes competindo de 17 de março até 22 de setembro, ao longo de mais de seis meses de intensas disputas.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, detalhou os principais aspectos desse investimento durante a inauguração do Conselho Técnico do Brasileirão A1. O financiamento abrange aumentos consideráveis em cotas de participação e premiações, otimizações no sistema de arbitragem – incluindo a implementação do VAR a partir das quartas de final – e a cobertura total das despesas logísticas de todas as equipes participantes.
Reforçando o compromisso da CBF com o avanço e fortalecimento do futebol feminino no país, Rodrigues ressaltou a intenção de promover um aprimoramento contínuo não apenas em campo, mas também em todas as esferas administrativas e operacionais relacionadas ao esporte. O plano da confederação envolve investimentos na formação de gestoras, médicas, treinadoras e árbitras, visando elevar o padrão e a qualidade do futebol feminino nos próximos anos.
Em termos financeiros, a estratégia de investimento inclui reajustes nas cotas repassadas aos clubes participantes. Na primeira fase, cada equipe receberá o montante de R$ 300 mil, com cifras adicionais destinadas aos times que avançarem nas etapas subsequentes do torneio, totalizando R$ 6 milhões em cotas. Além disso, a premiação total para as equipes destaca-se como recorde, alcançando quase R$ 2,3 milhões – com o time campeão garantindo R$ 1,5 milhão e o vice-campeão, R$ 750 mil – representando um aumento de 25% em relação ao ano anterior.
Complementando as iniciativas financeiras, a CBF assumirá integralmente os custos relacionados à arbitragem, transporte, logística e controle antidoping a fim de garantir a excelência operacional do campeonato. A visão estratégica por trás dessas medidas é tornar o Campeonato Brasileiro Feminino ainda mais convidativo para patrocinadores e atraente para o público, consolidando sua posição como um evento de destaque no calendário esportivo nacional.