Na manhã desta sexta-feira (11), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) fez um importante anúncio, revelando em uma nota oficial seu apelo à FIFA. A CBF solicita que as penalidades definidas pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) relacionadas à manipulação de resultados no esporte mais popular do Brasil sejam aplicadas globalmente, abrangendo todas as 211 federações afiliadas à FIFA.
Este movimento ocorre depois de uma série de punições, executadas pelo STJD, a jogadores chave como Nino Paraíba do Paysandu e Bryan, anteriormente no Athletico Paranaense, por suposta participação em manipulações. Mas o que isso realmente significa para os jogadores e o cenário futebolístico mundial?
Migrando sanções internacionalmente
O caso mais proeminente, talvez, seja o de Eduardo Bauermann. Depois de ser transferido do Santos para o Alanyaspor na Turquia, ele foi sancionado pelo STJD com uma suspensão de 360 dias, uma pausa significativa em sua carreira profissional. Esta e outras punições semelhantes levaram a CBF a notificar federações estrangeiras sobre tais decisões. O objetivo é claro: garantir que as punições tenham o mesmo peso, independentemente das fronteiras.
Por exemplo, o Vietnã foi notificado após André Queixo, suspenso por 600 dias, jogar duas partidas pelo clube Nam Dinh.
Entendendo a repercussão
O fato é que, se tal proposta for aceita, os países que recebem jogadores punidos ficariam encarregados de respeitar as decisões do país de origem. Se o STJD absolver o atleta, a pena seria anulada também a nível internacional, criando um sistema harmonizado e justo.
CBF e sua ação proativa
A transparência é a palavra de ordem. Em sua declaração, a CBF destacou sua abordagem ativa, citando o envio da notificação para a FIFA e seu esforço para estabelecer clareza no sistema de registro e transferências. A nota ressoa com a fala do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que reiterou o compromisso da instituição de combater qualquer forma de manipulação e crime no esporte.