A pressão sobre a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) escalou desde a última sexta-feira devido a pedidos de suspensão da Série A, instigados por condições climáticas adversas no Rio Grande do Sul. O Ministério do Esporte e 15 clubes da elite apoiaram a ideia. A decisão, agora nas mãos do Conselho Técnico, será discutida em 27 de maio.
O estado gaúcho foi severamente afetado por chuvas intensas, resultando em mais de 140 mortes e deixando acima de 80 mil desabrigados. Grêmio e Internacional viram seus estádios e centros de treinamento inundados, o que levou à suspensão de suas atividades.
Segundo o regulamento da Série A, alterações no campeonato podem ocorrer por “força maior, pandemia ou razões excepcionais”, com decisões a cargo da Diretoria de Competições da CBF. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, enfatizou: “O que for decidido no conselho técnico refletirá o alinhamento com todas as competições internacionais em que os clubes participam”.
Recentemente, 11 clubes da Liga Forte União (LFU) votaram pela paralisação, com Atlético-MG e Grêmio aderindo aos apelos. Bahia e Vitória uniram-se a estas vozes, elevando o total para 15 clubes favoráveis à suspensão. Contrariamente, Palmeiras e Flamengo expressaram desinteresse na parada.
A CBF, contudo, mostrou-se contrária à ideia de paralisação, alertando sobre potenciais “efeitos em cadeia” que uma interrupção poderia desencadear no calendário do futebol. Uma resolução definitiva sobre o futuro da competição será revelada após a reunião do conselho técnico.
