Ciclistas baianos Ulan Galinski e Paôla Reis vão às Olimpíadas de Paris 2024

Bahia confirma dois ciclistas para Paris 2024: Ulan Galinski e Paôla Reis têm histórico de apoio do governo e são esperanças para novas medalhas olímpicas.

Olimpíadas

Com duas novas vagas olímpicas confirmadas para os Jogos de Paris 2024, a Bahia está prestes a ampliar sua contribuição para a delegação brasileira na grande competição esportiva. Os ciclistas Ulan Galinski (mountain bike) e Paôla Reis (BMX) já estão em preparação para brilhar nos respectivos eventos a partir de 26 de julho.

Força baiana rumo às medalhas olímpicas

Ambos os atletas contam com o apoio do Governo do Estado, através da Superintendência dos Desportos (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte. Ulan, de 25 anos, tem sido beneficiado pelos editais do programa Bolsa Esporte.

“O Governo do Estado e a Sudesb já vêm fazendo um trabalho excelente, que tem gerado frutos com a Bahia sendo o estado brasileiro que mais performou e medalhou nas Olimpíadas de Tóquio 2021. Neste ciclo olímpico, tive o apoio que me deu segurança e tranquilidade na conquista deste e outros objetivos que estou conseguindo galgar e concretizar ao longo da minha carreira”, comentou Ulan.

O desafio olímpico de Ulan Galinski

Natural da Chapada Diamantina, Ulan é o atual campeão brasileiro de sua categoria e garantiu a vaga pelo ranking de nações, no qual terminou em primeiro lugar. Ele vai competir na categoria de trilhas entre os dias 27 e 28 de julho, em sua estreia olímpica.

“É a realização de um sonho de criança. Eu acreditei nele desde quando era muito improvável. Trabalhei muito durante os últimos anos com o privilégio do apoio de dezenas de pessoas. Vai ser uma grande oportunidade porque não estou ainda no radar como os favoritos. Isso tira a pressão de cima de mim e a coloca nos outros, o que pode me ajudar no processo. Pretendo fazer a melhor preparação da minha vida para eu poder surpreender o mundo”, explicou o atleta.

Paôla Reis: a superação rumo ao pódio olímpico

É difícil imaginar que, ao começar o ano com uma lesão nos dois pés, Paôla terminaria classificada para os Jogos Olímpicos. Mas, é a realidade. Ao vencer o Pan Americano no Equador, em 2023, a atleta de BMX conquistou uma vaga para o Brasil nas Olimpíadas. Porém, só agora – por se manter em primeira do ranking nacional – que a esportista foi oficialmente confirmada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) como classificada para o maior evento esportivo do mundo.

Desde que comecei a andar de bike, queria participar das Olímpiadas. Estou me preparando desde o início. É um momento muito feliz! Foi uma preparação dolorosa. Me superei bastante esse ano porque tive uma lesão, mas já voltei a competir e estou 100% recuperada”, disse Paôla, de 24 anos.

Oriunda do Projeto Pedal, uma parceria da Sudesb com a Associação de Bicicross de Salvador (ABS), Paôla também contou com apoio da autarquia estadual com a concessão de passagens aéreas – inclusive para a preparação para as Olimpíadas em solo francês – e dos programas Faz Atleta e Bolsa Esporte.

Preparação intensa para as Olimpíadas

Com voo marcado para o sábado, 08, a atleta vai passar 50 dias em Paris treinando para a competição, sendo 30 destes na pista oficial do evento. “Já competi nessa pista no início do ano. É uma pista difícil, perigosa e esse treinamento é importante para ficar mais à vontade no circuito”, explica a atleta.

A competição vai acontecer num modelo diferente do que Paôla está acostumada. O treinador Leonardo Gonçalves explica. “É diferente do circuito mundial, porque vai ter uma fase classificatória correndo três baterias classificatórias, uma fase de quartas de finais correndo mais três baterias. No dia seguinte, uma semifinal com três baterias classificatórias e uma final. Além disso, tem uma repescagem das quartas para a semi em que dois atletas vão se classificar”.

Neste contexto, ele reforça a importância do preparo mental e físico necessário para esses atletas. Mesmo com a dificuldade da competição, o técnico ressalta que a ciclista chega com condições de não só competir, mas de também trazer uma medalha para o país. Ele expõe o que gabarita a atleta a este posto.

“Ela tem uma característica de muita força. É uma atleta muito explosiva. Para praticar o BMX nessa fase, que é o BMX Supercross – com rampas grandes e um obstáculo de saída de 8 metros de altura-, tem que chegar a 60 km por hora em 4 segundos e pular uma rampa de 15 metros. Então, tem que ter um perfil arrojado. Ela é assim. Paôla teve a base projetada para chegar a esses resultados”.

Ele ainda ressalta a importância dessa conquista para o esporte na Bahia. “É uma realização muito importante para a modalidade dentro do estado da Bahia e no Brasil, para o desenvolvimento de novos atletas, o desenvolvimento da modalidade e muito mais“, indica o treinador.

As provas do BMX racing, modalidade que Paôla disputa, acontecem nos dias 1 e 2 de agosto no “Saint-Quentin-en-Yvelines BMX Stadium“.