Coletivo pede ao MP-BA remoção de estátua de Daniel Alves em Juazeiro

Coletivo de mulheres em Juazeiro pede ao MP-BA a remoção da estátua de Daniel Alves, condenado por estupro, como ato simbólico contra violência sexual.

Daniel Alves

A questão da estátua dedicada a Daniel Alves, situada na orla do Rio São Francisco, em Juazeiro, permanece uma fonte de controvérsia. Um grupo representativo de mulheres locais deu um passo adiante, solicitando ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) a remoção deste monumento. Tal ação reflete o clamor público que se intensificou após o envolvimento do ex-atleta em um caso de violência sexual. Acusado e condenado em primeira instância por estupro na cidade de Barcelona, Alves se viu no centro das atenções, culminando inclusive em atos de vandalismo contra a estátua.

A repercussão do caso levou o coletivo União Brasileira de Mulheres de Juazeiro-BA a se manifestar formalmente. Segundo declarações de Manuella Tyler, uma das vozes ativas neste movimento, a proposta de retirar a escultura é um gesto simbólico importante na luta contra a violência sexual, servindo também para promover a educação sobre o tema e a responsabilização de perpetradores.

Recentemente, ocorreu uma reviravolta legal relacionada ao ex-jogador, quando a Justiça da Espanha decidiu por sua liberdade provisória, mediante o pagamento de uma fiança estipulada em um milhão de euros, aproximadamente 5,4 milhões de reais. Condenado anteriormente a quatro anos e meio de prisão, Daniel Alves conseguiu, por ora, o direito de aguardar em liberdade enquanto sua apelação está em análise.

Este caso, além de suas repercussões legais, trouxe à tona discussões valiosas sobre ídolos esportivos, seu impacto na sociedade e a importância da constante avaliação de suas ações fora das arenas esportivas.