Corinthians e Palmeiras empatam com VAR, pênalti perdido e gols no fim

Em clássico com gols marcados nos acréscimos, Palmeiras e Corinthians empataram ontem (9) em 1 a 1 num Pacaembu tomado por torcedores alviverdes. O Dérbi válido pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro teve redes balançadas aos 46 minutos do segundo tempo, por Michel, e aos 48, por Bruno Henrique.

O emocionante empate desta noite ameaça as pretensões de ambos os times na classificação. Enquanto o vice-líder Palmeiras corre risco de ver o Flamengo abrir para dez pontos a diferença que agora é de sete, o sexto colocado Corinthians pode ser ultrapassado pelo Internacional e sair assim da zona de classificação para a Libertadores de 2020. Rubro-negros e colorados jogam amanhã (10), em suas casas, contra Bahia e Fluminense, respectivamente.

Palmeiras e Corinthians voltam a jogar somente no domingo do próximo fim de semana. O Verdão tem compromisso como visitante contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, em Salvador. O Timão atua novamente na capital paulista, desta vez em Itaquera, na sua arena, diante do Internacional. Os dois jogos estão agendados para as 16h.

Os melhores: Dudu e Walter

Dudu, com folga, deixou o campo como o melhor palmeirense do Dérbi. Como de costume, o camisa 7 foi o que mais buscou jogo, partiu para cima da marcação dos adversários e foi sempre o dono da bola parada. Por vezes, até faltava alguém para lhe fazer companhia.

O goleiro Walter trabalhou bem e ajudou o time visitante na tentativa de manter o placar zerado. Tranquilo, ainda deu instruções para os companheiros quando necessário. De quebra, defendeu pênalti de Gustavo Scarpa.

Os piores: Gustavo Scarpa e Manoel

Pelo lado palmeirense, Gustavo Scarpa decepcionou. Em tese principal responsável pela armação como substituto do suspenso Lucas Lima, ele errou passes, domínios e até finalização — teve a bola do jogo em seus pés no primeiro tempo. Também se mostrou lento demais principalmente em comparação aos colegas Dudu e Zé Rafael.

Já entre os corinthianos, em algumas oportunidades, Manoel errou passes e não transmitiu segurança para o sistema defensivo alvinegro. Além disso, tinha dificuldade nas jogadas em velocidade do adversário. Também foi dele o toque de mão que originou pênalti para o Palmeiras.

Cronologia do jogo 

Num primeiro tempo de bastante intensidade e pouca criatividade, apenas uma chance real de gol foi construída. Em subida ao ataque de Dudu, os jogadores de contenção do Corinthians ficaram pelo caminho. Scarpa então foi acionado pelo camisa 7 e bateu cruzado para fora mesmo livre de marcação — restava apenas Walter a sua frente.

O segundo tempo começou com a mesma intensidade, mas mais agitado. Bastaram dez minutos para Deyverson exigir duas defesaças do goleiro corinthiano — uma em cabeceio, outra em chute colocado da entrada da área. Borja, já no fim do clássico, isolou finalização inacreditável em direção ao tobogã.

Um dos principais lances, porém, ficaria para o embate particular de Gustavo Scarpa e Walter num pênalti confirmado pela arbitragem com ajuda do VAR — toque de mão do corinthiano Manoel. O meia palmeirense cobrou mal, e o goleiro alvinegro mostrou estrela ao defender.

Gols mesmo, só nos acréscimos: já aos 46 minutos, o lateral-direito Michel Macedo, um dos mais contestados corintianos da noite, acertou chutaço de longe, no ângulo, para abrir o placar; dois minutos depois, após bate e rebate na pequena área alvinegra, Bruno Henrique estufou as redes de Walter para dar números finais ao Dérbi.