CPI de manipulação no futebol enfrenta obstáculos do Centrão

CPI sobre manipulação no futebol é barrada por políticos, mesmo sob pressão de Kajuru. Primeiro a depor pode ser Textor, acusando times grandes.

Futebol

A iniciativa para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigue a manipulação de partidas de futebol vem encontrando resistência significativa dentro do cenário político brasileiro. Liderada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que pretende assumir a presidência da comissão, a proposição luta contra a barreira imposta principalmente por membros dos partidos Republicanos e PP.

Essa resistência fez com que a instalação da CPI não tenha uma data definida, apesar das pressões exercidas pelo seu principal defensor. A oposição, por sua vez, sugere o senador Magno Malta (PL-ES) para a posição de presidente, relegando Kajuru ao papel de relator da comissão.

Antes de se posicionar sobre este assunto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teve que lidar com outras questões urgentes, incluindo reações aos comentários polêmicos do bilionário Elon Musk contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco fez um chamado à Câmara dos Deputados para que houvesse progresso na regulamentação das redes sociais.

Entre as personalidades a serem convocadas para depor na CPI, destaca-se John Textor, proprietário da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo. Textor alega possuir evidências de que jogadores dos times Palmeiras, São Paulo e Fortaleza teriam participado em esquemas de manipulação de resultados. O empresário mencionou ter um áudio em que um árbitro solicita suborno para influenciar o resultado de um jogo, e afirmou estar disposto a compartilhar as provas durante a CPI.

A situação coloca em cheque a integridade do esporte mais amado do país e acende a urgência por transparência e justiça, tanto no futebol quanto na condução política que cerca esta questão alarmante.