Em meio à polêmica envolvendo a milionária contratação do astro francês Kylian Mbappé pelo Real Madrid, Max Eberl, diretor esportivo do Bayern de Munique, ergueu o tom contra o que considera um “exagero financeiro” capaz de destruir a essência do esporte bretão.
Em entrevista ao Sueddeutsche Zeitung, Eberl disparou: “Quanto mais ganancioso se é pelo dinheiro, mais se torna o prego no caixão do futebol.” O dirigente bávaro expressa preocupação com a insustentabilidade desses valores estratosféricos, ao ponto de “centenas de milhões de euros parecerem demais”, prevendo um futuro insólito em que “todo o dinheiro sairá do mercado e não haverá mais com o que negociar”.
O alerta contra a “supersaturação” financeira
Para Eberl, é uma questão de tempo até que a riqueza do futebol europeu seja ofuscada pelos petrodólares árabes. O cartola alemão antecipa um cenário “supersaturado”, no qual a Arábia Saudita emerge como protagonista, algo que “não lhe traz bons sentimentos”.
“Esse é o mercado no momento. O dinheiro está saindo do ciclo. Nenhum clube se beneficia com isso,” lamenta o diretor do Bayern. Segundo ele, jogadores, famílias e agentes são os únicos beneficiados, enquanto os clubes ficam de fora dessa engrenagem milionária, ao contrário do que ocorria no passado.
O contrato astronômico de Mbappé
No centro da crítica de Eberl está o vultoso contrato de Kylian Mbappé com o Real Madrid. O camisa 7 merengue embolsará cerca de 26 milhões de euros anuais (aproximadamente R$ 150 milhões), tendo assinado por cinco temporadas com os blancos.