Com atraso de quase uma hora e meia, o técnico Dunga retornou ao Brasil com um singelo sexto lugar nas Eliminatórias da Copa do Mundo e o cargo assegurado, ao menos por enquanto. Visivelmente cansado após empate em 2×2 com o Paraguai, o técnico da Seleção creditou a atual má fase da equipe pela falta de jogos no calendário.
“Se tivéssemos uma sequência de jogos, o crescimento da equipe seria outro. Ficamos 128 dias sem jogar, se a continuidade existisse, nosso aproveitamento teria sido bem melhor. Agora, teremos de esperar um longo tempo novamente”, afirmou Dunga, no aeroporto de Guarulhos. O Brasil só joga de novo na Copa América, em junho.
A justificativa de Dunga é relativa. Sensação das Eliminatórias, o Equador jogou menos que o Brasil nos últimos seis meses. Enquanto a Seleção de Dunga atuou em oito duelos, o vice-líder jogou um a menos. Líder da competição, o Uruguai teve o calendário idêntico ao do Brasil.
Antes de tentar se recuperar nas Eliminatórias, em setembro, contra o Equador, a Seleção Brasileira terá que encarar a Copa América Centenária, nos Estados Unidos, e a Olimpíada do Rio-2016, com um time sub-23. “Você não consegue dormir, fica pensando em tudo o que aconteceu no jogo. Conversei o tempo todo com minha comissão técnica. Só agora, em casa, vou tentar descansar”, disse o técnico.