A Justiça do Mato Grosso do Sul negou o recurso apresentado pelos advogados do ex-goleiro Bruno e determinou que ele terá que pagar uma indenização milionária por danos morais e materiais ao filho. A decisão foi tomada após o ex-jogador ter recorrido da sentença que o condenou em outubro do ano passado.
A indenização foi estipulada em R$ 650 mil e se refere à morte de Eliza Samudio, mãe do filho de Bruno. O menino, que hoje tem 13 anos e também é goleiro, recebeu a quantia em função do sofrimento que passou pela ausência do pai durante sua infância e adolescência.
Segundo os advogados de Bruno, o ex-goleiro não tem condições financeiras para arcar com o valor da indenização, tendo em vista que ele está em liberdade condicional e atuando como goleiro em um time de terceira divisão, com um salário de R$ 1,2 mil por mês.
A defesa afirmou ainda que vai entrar com mais um recurso para tentar reverter a decisão, mas a família do filho de Bruno, que pediu um aumento no valor da indenização para R$ 6 milhões, também teve seu recurso negado pela Justiça.
O caso Eliza Samudio ficou conhecido em todo o país e gerou grande comoção popular. A jovem, que era mãe do filho de Bruno, foi assassinada em 2010, e o ex-goleiro foi condenado a 22 anos e 3 meses de prisão pelo crime. Ele ficou preso durante sete anos e seis meses e saiu da cadeia em 2019, após conseguir a liberdade condicional.
Agora, o ex-jogador terá que lidar com mais essa dificuldade em sua vida. Resta saber se a defesa conseguirá reverter a decisão da Justiça ou se Bruno terá que encontrar meios para pagar a indenização ao filho. Enquanto isso, a carreira do ex-goleiro segue em um time de terceira divisão, enquanto seu filho, que também é goleiro, está no time de base do Athletico-PR.
