O episódio inusitado da Supercopa da Turquia, ocorrido no último domingo, resultou em uma multa ao Fenerbahçe. A equipe de Istambul, envolvida em uma controvérsia sobre injustiças a ela atribuídas, tomou a decisão drástica de abandonar o campo logo após o início do jogo contra o Galatasaray, conforme anunciado pela Federação Turca de Futebol (TFF). Em um gesto de protesto, optaram por escalar seus jovens do sub-19, mas deixaram o gramado pouco depois de sofrerem um gol, aos primeiros minutos da partida.
A consequência imediata do ato veio na forma de uma penalidade financeira, com o Fenerbahçe recebendo uma multa de 115 mil euros, equivalente a aproximadamente R$ 628 mil. Segundo a TFF, esse abandono justificou a derrota por W.O., registrando o placar como 3 a 0 a favor do Galatasaray.
Ali Koç, presidente do Fenerbahçe, já havia expressado seu descontentamento antes mesmo da bola rolar. “Está na hora de os relógios do futebol turco serem zerados”, proclamou, denunciando uma “rede oculta” que, segundo ele, influencia o resultado do campeonato através da arbitragem. Para adicionar mais tempero a essa mixórdia esportiva, o clube havia solicitado, sem sucesso, a presença de um árbitro estrangeiro para o confronto, além de pedir o adiamento do jogo devido ao compromisso pela Europa Conference League contra o Olympiakos, ocorrido nesta quinta-feira.
Essa ação drástica deixa no ar uma questão sobre as tensões e desafios enfrentados pelo futebol turco, incluindo a integridade do esporte e a relação entre os clubes e as entidades que governam o futebol no país.
