A Fifa anunciou nesta terça-feira (8) que aplicou uma multa de 30 mil francos suíços (cerca de R$ 106 mil) à União Russa de Futebol por causa de cânticos racistas de torcedores do país contra jogadores da seleção francesa durante amistoso contra a Rússia, realizado no dia 27 de março, em São Petersburgo.
Seguidores da seleção anfitriã da Copa do Mundo de 2018 foram ouvidos imitando barulhos emitidos por macacos em atos racistas contra jogadores negros da França, entre eles Paul Pogba, astro do Manchester United. Os visitantes venceram os russos por 3 a 1 no confronto de preparação para o Mundial.
Ao justificar a punição aplicada, que pode ser considerada branda, o Comitê Disciplinar da Fifa reconheceu "a gravidade do incidente", mas disse que os cânticos racistas foram proferidos por um "limitado número" de torcedores.
A entidade que controla o futebol mundial também informou que o seu painel que julgou este caso, presidido pelo juiz ganês Anin Yeboah, investigou o comportamento da torcida por meio da revisão de imagens de vídeo que flagraram os atos de racismo.
O combate ao racismo, por sinal, é uma das principais prioridade da Fifa durante a realização do Mundial, que começará no próximo dia 14 de junho, em Moscou, com o confronto entre a Rússia e a Arábia Saudita.
O estádio de São Petersburgo onde foram ouvidos os cânticos racistas de torcedores durante o amistoso entre russos e franceses será palco de sete jogos da Copa, entre eles um da seleção anfitriã contra o Egito, pela fase de grupos, e uma das semifinais da grande competição, que se encerrará no dia 15 de julho.
Este caso de racismo no amistoso entre Rússia e França ocorreu após outros dois episódios de mesma natureza envolvendo torcedores do Zenit, clube justamente São Petersburgo, em duas partidas da equipe válidas por esta edição da Liga Europa.
TOLERÂNCIA ZERO – A Fifa, por sua vez, promete adotar tolerância zero ao punir atos de discriminação que venham a ser praticados por torcedores durante a Copa e já instruiu os árbitros sobre como intervir para coibir este tipo de conduta, o que inclui a paralisação das partidas se.
Para completar, a Fifa já publicou uma espécie de guia de boas práticas para defender o respeito às diversidades e para alertar sobre a vigília que promoverá para combater e evitar possíveis atos de discriminação.