O Itabuna, um dos representantes da Bahia na Série D do Campeonato Brasileiro, enfrenta uma temporada de mudanças significativas após a saída do investidor Leonardo Amoedo. Durante a parceria, cerca de R$ 2 milhões foram aportados pelo Grupo Amoedo, que chegou a iniciar o processo de transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), contudo, divergências internas levaram ao término do acordo.
Insights sobre a parceria interrompida
Durante uma conversa exclusiva ao Portal A TARDE, Amoedo destacou a complexidade de gerir um clube com forte influência política. “O modelo associativo defende interesses políticos, o que torna difícil a gestão e governança”, explicou. Ele relembrou o susto na Série B de 2022, quando a falta de recursos quase resultou em um W.O., e a subsequente transformação em SAF que ele propôs na tentativa de tornar o clube auto-sustentável.
Conquistas e frustrações
O investimento inicial de Amoedo e seus parceiros possibilitou melhorias significativas e uma estrutura mais robusta, culminando num título na segunda divisão e a surpreendente terceira colocação no Campeonato Baiano de 2023, assegurando uma vaga tanto na Copa do Brasil quanto na Série D.
Porém, as conversas sobre futuros investimentos stonavam em Abril de 2024, revelando uma preocupação da diretoria com o controle acionário. “Havia medo de que eu ultrapassasse 50% das ações do clube”, comentou Amoedo, que decidiu se afastar definitivamente após perceber a resistência do conselho em avançar no projeto.
Desafios atuais do Itabuna
Cercado por incertezas e após uma campanha decepcionante que culminou no rebaixamento no Campeonato Baiano 2023, o Itabuna se viu obrigado a repensar sua participação na Série D. A situação levou à uma parceria emergencial com o Vitória, que fornecerá jogadores e comissão técnica. Este acordo permite que o Itabuna continue na competição, onde será comandado por Laelson Lopes e disputará seus jogos em Salvador, com a estreia marcada contra o Real Noroeste-ES, no Estádio de Pituaçu.
A saga do Itabuna destaca os desafios e as dinâmicas complicadas por trás da gestão de clubes de futebol no Brasil, especialmente quando entrelaçadas com a política e interesses além do campo. Com a Série D em vista, resta ver como o clube se adaptará a essas novas circunstâncias e qual será o seu futuro no cenário futebolístico nacional.
