Mesmo não tendo um pouco de incentivo ou talvez nada por parte dos representantes políticos, o esporte em Delmiro Gouveia tem muito a comemorar, diversos delmirenses estão honrado os uniformes que vestem, e com o Jandson dos Santos não está sendo diferente. O sergipano nascido em Maruim-SE e criado em Delmiro Gouveia-AL, iniciou a carreira no Futebol delmirense e hoje é umas dos jogadores mais importante do time Buriram United da Tailândia.
{relacionadas}Em entrevista via Whatsapp com site local, o jogador que contou detalhes de sua vida em um país totalmente diferente de sua origem, como iniciou no futebol, os times que passou e a vida pessoal. Confira:
Com quantos anos iniciou a jogar futebol e como começou sua carreira?
– “Eu comecei a carreira no futebol em Delmiro Gouveia, meus primeiros treinadores foram o Paulinho e o Elvis que davam aula no agro, com 15 anos sair de Delmiro Gouveia com destino ao primeiro clube o Ceará, logo após para o Uniclinic, depois para o Criciúma e o Avaí que foi o time que me revelou no Futebol profissional”.
– Em qual time marcou o primeiro gol profissional?
– “O meu primeiro gol como profissional foi pelo Avai , no campeonato catarinense contra a Chapecoense”
– Como foi que recebeu o convite para sair do Brasil?
– “O convite para sair do país eu recebi depois que um clube árabe me viu jogando e se interessou pelo meu futebol. Então me contrataram, mas já tinha saído do país aos 20 anos para jogar em Israel, onde passei a 1ª temporada”
– O inicio foi fácil ou difícil?
– “O início sempre é difícil, mas quando se tem um objetivo às dificuldades se tornam oportunidades e você acaba se adaptando mais rapidamente”.
– O futebol desses países que você atuou é diferente do nosso país?
– “O futebol árabe que atuei antes de vim pra cá, é diferente do futebol do Brasil, é um futebol um pouco menos técnico que o Brasil, mais corrido e pegado, diferente do Brasil que tem mais espaço para jogar”
E a vida na Tailândia como está sendo?
– “A vida aqui na Tailândia é bem diferente, uma cultura muito diferente, 95% da população é budista, e uma das maiores dificuldades que tenho é com a alimentação, por que é pouca coisa que tem, na Arábia Saudita, se encontrava muitas coisas que tem no Brasil, mas aqui, o que é normal é estranho pra nós, é muito difícil encontrar carne de boi, só em grandes cidades e em supermercado internacional, é mais fácil encontrar carne de rã, jacaré, cachorro, espetinho de escorpião, grilo, baratas, larvas. Se eu e minha esposa quisermos comer carne de boi, temos que ir a Bangkok, cidade um pouco longe é lá que compramos alimentos brasileiros, mas só conseguimos ir uma vez a cada dois meses, pois na cidade que moro não tem nada do Brasil”.
– Volta ao Brasil e qual o clube que gostaria de jogar em seu país?
– “Eu volto para o Brasil provavelmente no final do ano que é quando das férias aqui e quando acaba o meu contrato com o clube daqui. Quanto a atuar no Brasil, não passa pela minha cabeça, o Brasil está passando por um momento difícil agora e isso reflete no futebol, não penso em voltar a jogar no Brasil não, se pudesse escolher resolveria terminar minha carreira fora do país”.
– Qual foi o gol mais marcante de sua vida?
– “Um dos gols mais importante da minha vida, foi lá na Arábia pelo Narjan, no jogo contra o Al Ithad, quando fiz o gol que livrou o time de cair pra segunda divisão. E o outro foi no campeonato gaúcho de 2013 no Lajedense que deu o título do interior e o vice campeonato gaúcho”
– O Firmino é de Alagoas e surgiu como surpresa, há possibilidades de um dia ser o Jandson?
– “Se você está perguntando referente a Seleção Brasileira essa possibilidade de uma surpresa acredito não ser possível, primeiro por não ser o meu objetivo, e segundo que para que isso aconteça é necessário você atuar num cenário mais visível, e ter pessoas de influência na CBF hoje, sem falar da minha idade que já está um pouco fora do que eles buscam”.
– Um sonho?
– “Sinceramente em se tratando de sonho pro futebol eu não tenho mais, graças ao nosso bondoso Deus, o que eu tenho hoje já é muito mais do que um dia eu pedir a Deus, o sonho que eu tenho, é o mesmo que carrego comigo desde que voltei para cristo aos 15 anos ai em Delmiro Gouveia, é de poder chegar um dia quando parar de jogar futebol num futuro não tão distante, e me doar às missões, ganhar almas para Jesus e aliviar de alguma forma a dor dos aflitos. Isso é algo que o futebol nos permite fazer mais não na intensidade que desejo. Esse é meu maior sonho, na minha vida, o futebol foi sempre uma profissão e não uma paixão, o que eu tenho hoje agradeço primeiro a Deus e depois ao futebol, mas não pretendo continuar envolvido com o futebol depois que parar de jogar”.
Para finalizar a entrevista, Jandson deixou os seus agradecimentos a todos que colaboraram em sua vida:
– “Meus agradecimentos vai primeiramente a Deus, depois a todas as pessoas que de uma certa forma me ajudaram a chegar onde cheguei, que é o caso de Paulinho, Élvis, e todas as pessoas que trabalhou comigo enquanto jogava ai em Delmiro Gouveia, são muitas pessoas e amigos que também eram atletas, mas em especial ao Paulinho e Élvis, estendo também os meus agradecimentos a todos que de forma direta e indireta me ajudaram. O meu muito obrigado a todos”.
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Confira algumas fotos do jogador atuando fora do Brasil: